quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Aterro não! Bertaiolli poderá apelar à Justiça contra aterro


Aterro não!
Bertaiolli poderá apelar à Justiça contra aterro
"Uma audiência não é necessária, porque a cidade já se manifestou contra o lixão", lembrou o prefeito, durante a primeira sessão da Câmara, ontem
Erick Paiatto

Bertaiolli: "Por que a Queiroz Galvão não instala uma usina de alta tecnologia, como a cidade deseja?"
Durante a primeira sessão do ano na Câmara Municipal, o prefeito Marco Bertaiolli (PSD) voltou a comentar as pretensões da construtora Queiroz Galvão em instalar um aterro sanitário em Mogi das Cruzes. A empresa recebeu o aval da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) para dar continuidade ao processo de licenciamento ambiental.

"A construtora quer, há dezanos, transformar Mogi em um lixão. Se ela está tão interessada neste assunto, porque não instala uma usina de alta tecnologia na cidade", disse. "Por que ela não faz o que a cidade deseja?", questionou.

Bertaiolli revelou que se reunirá com a procuradoria da Prefeitura para analisar em detalhes o processo de licenciamento e estudar as medidas necessárias, uma vez que "no âmbito das explicações não funcionou". "Essa violência continua sendo cometida contra o município e nós vamos para a Justiça", garantiu.

"Veja que incoerência", destacou o prefeito. "Vi, hoje, que a Cetesb disse que sem a atualização de uma certidão, o aterro não será possível. Isso foi feito porque está sendo discutido na Justiça se a mudança no zoneamento regularizada pelo Junji Abe é válida ou não", lembrou. "Então, daqui a pouco, a Queiroz Galvão vai à Justiça e consegue o documento necessário. O que eu vejo é uma grande história sendo preparada contra Mogi, porque quando o Junji mudou corretamente o zoneamento para impedir o lixão, a Queiroz Galvão tentou mostrar que a alteração na lei de zoneamento foi intempestiva" (uma vez que, segunda ela, foi feita para impedir o aterro). Bertaiolli destacou que "em um primeiro momento ela recebeu ganho de causa no Judiciário, então quando a Cetesb fala que é necessária uma certidão atualizada, ela está preparando um ambiente no qual a Prefeitura ficará refém", vislumbrou o chefe do Executivo.

O prefeito também questionou a necessidade de uma audiência pública para discutir a instalação do aterro. "Uma audiência não é necessária, porque a cidade já se manifestou contra o lixão. Uma audiência que coloca em risco a vida das pessoas. A Cetesb é responsável por qualquer incidente que ocorra nesta audiência", afirmou. (C.L.)

Fonte:Mogi News