TaboãoConstrutora mantém silêncio sobre interesse em seguir com aterro
Prazo para a Queiroz Galvão se manifestar sobre a continuidade ou não do plano de instalar Lixão termina hoje
Cleber Lazo
Da Reportagem Local
Daniel Carvalho
Empresa tenta há anos emplacar o projeto de instalação de um aterro sanitário numa grande área do distrito industrial do Taboão
O suspense e o silêncio continuam. Após ser "estranhamente" notificada pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) se mantém ou não o interesse em dar continuidade ao processo de liberação do primeiro dos três licenciamentos ambientais necessários para a instalação de um aterro sanitário no distrito do Taboão, em Mogi das Cruzes, a construtora Queiroz Galvão deixou para se manifestar somente no último dia de prazo, que é hoje.
Em 15 de janeiro, a Cetesb notificou a empresa. Mesmo com o projeto suspenso desde 2011, o órgão, ligado à Secretaria de Estado do Meio Ambiente, deu prazo de 15 dias para uma manifestação.
Por meio de nota encaminhada pela Assessoria de Imprensa no fim da tarde de ontem, a Cetesb informou que a construtora não havia apresentado nenhum posicionamento. Se a Queiroz Galvão der uma resposta positiva, o processo voltará a tramitar e a próxima etapa será o agendamento de uma audiência pública. Uma comunicação positiva por parte da construtora é dada como certa.
A atitude em dar continuação ao trâmite administrativo foi classificada como "estranha" por parte de integrantes do movimento popular Aterro Não!
O secretário de Estado do Meio Ambiente, Bruno Covas, havia afirmado que o prosseguimento seria autorizado somente com o aval da Prefeitura. O próprio governador Geraldo Alckmin (PSDB) declarou que o empreendimento não será instalado se o município não concordar.
A instalação do aterro no distrito é combatida pela sociedade civil, com o apoio da administração municipal, por quase dez anos. A Prefeitura tenta impedir que a audiência pública seja agendada pelo Conselho Estadual do Meio Ambiental (Consema). Antes de viajar para Brasília, o prefeito Marco Bertaiolli (PSD) pediu que uma audiência com o secretário Bruno Covas fosse agendada.
O secretário municipal de Assuntos Jurídicos, Sérgio Luiz Marrano, teve acesso ao despacho da Cetesb que autorizou a comunicação feita à Queiroz Galvão. Ele será estudado e, caso seja necessário, novas ações administrativas e judiciais poderão ser adotadas.
"Nós apresentados um relatório elaborado pela Falcão Bauer que aponta diversas irregularidades no pedido de licenciamento fornecido pela empreendedora e nenhuma resposta sobre esse documento foi dada", destacou Marrano.
Fonte:Mogi News
