domingo, 6 de janeiro de 2013

Solidariedade Instituições valorizam os voluntários



Solidariedade
Instituições valorizam os voluntários
Sem remuneração, grupo se dedica ao trabalho de ajudar as pessoas em várias entidades sociais de Mogi
Luana Nogueira
Da Reportagem Local
Daniel Carvalho

Ana Maria de Mello Morando dá aulas de violão aos pacientes do Cecan; com o apoio dos voluntários, as entidades mantêm as ações
Mogi das Cruzes tem pelos menos 300 pessoas dedicadas ao trabalho voluntário nas principais entidades do município. As instituições mostram como a colaboração dessas pessoas, que dedicam o seu tempo às causas sociais, são importantes para garantir o funcionamento das atividades no dia a dia. 
Os voluntários que se dedicam aos vários trabalhos desenvolvidos nas entidades não recebem nenhum tipo de bonificação financeira. Eles ajudam por iniciativa própria e, na maioria das vezes, colaboram na área que tem mais afinidade. 
A Associação Beneficente de Controle do Câncer do Alto Tietê (ABCCAT) possui 36 voluntárias que atuam na elaboração de eventos e dão apoio aos pacientes atendidos, além de realizarem oficinas terapêuticas. 
Já a Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD) conta com 32 pessoas que atuam na área de captação de recursos, eventos, recepção, reabilitação, administração e bazar. 
A cidade tem ainda a Associação dos Voluntários da Santa Casa de Misericórdia de Mogi das Cruzes (Avosc), que possui cerca de 40 voluntários que ajudam na parte administrativa e no atendimento de pacientes, além de preparar enxovais para as grávidas carentes. Outra entidade tradicional que possui um quadro de voluntárias é a Rede de Combate ao Câncer Guiomar Pinheiro Franco. Em 2012, a instituição completou 50 anos no município. São 35 mulheres que dão apoio aos pacientes do Alto Tietê. A Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) conta com 60 voluntários, que em parte é formada por mães de pessoas atendidas.

Talvez a instituição que conte com mais voluntários em Mogi é o Centro de Convivência e Apoio ao Paciente com Câncer (Cecan), que tem cerca de cem pessoas. O Cecan oferece cursos de artesanato, apoio psicológico e jurídico. Uma das pessoas que dedicam um tempo para ajudar a entidade é a professora de violão Ana Maria de Mello Marangoni, de 51 anos, que todas as quintas-feiras dá aulas aos pacientes atendidos no Cecan. "Faço esse trabalho há quatro anos. Neste tempo criei um vínculo muito forte com os meus alunos. Acho que aprendo muito com eles e ensino pouco", disse.

Ana Maria contou que, em alguns casos, quando o paciente não tem condições de ir até as aulas ela vai até a casa dele. "Às vezes dou aula até na minha casa. Para mim não tem essa distância entre professor e aluno", afirmou. A coordenadoria dos voluntários do centro, Cintia Nogueira Rodrigues dos Santos, de 39 anos, além de voluntária da instituição também recebeu apoio do Cecan. "Tive câncer de colo de útero. Em fevereiro deste ano, quando estava melhor, resolvi ser voluntária. O Cecan oferece as oficinas e cursos que, além de distrair os pacientes, proporciona uma renda para eles", destacou. 
Ela ressaltou a importância do voluntariado no Cecan. "Os voluntários não podem querer ajudar só porque tem um tempo livre, eles têm que saber que existem normas e que, se eles se comprometem a ajudar, não pode deixar de vir porque fará falta. Esse grupo é muito importante para nós, já que contamos com poucos funcionários", completou.

Fonte:Mogi News