quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

De novo Aterro Pajoan volta a ser alvo de denúncia


De novo
Aterro Pajoan volta a ser alvo de denúncia
Segundo moradores, mesmo após proibição judicial, a empreiteira estaria recebendo lixo e entulho de maneira ilegal. Companhia pode ser multada
Fábio Miranda
De Itaquá
Divulgação

Vereador flagrou 30 caminhões carregados seguindo em direção à entrada do aterro Pajoan
Denúncias feitas na tarde de ontem por moradores do Jardim Louzada, em Itaquaquecetuba, davam conta de que a Empreiteira Pajoan estaria levando terra e entulhos para dentro do aterro. A reclamação da população chegou até o vereador Antonio Ivo Paiva (PHS), o Antonio da Quadra. Ele acionou a prefeitura, que esteve no local e impediu que pelo menos 30 caminhões entrassem na área.

"Fui informado de que o asfalto estava sujo, cheio de lama por causa dos caminhões. Pelo o que entendi, tudo isso vem de obras de São Paulo", informou o parlamentar.

A equipe do Mogi News esteve no local e constatou que várias ruas do bairro estavam enlameadas até a portaria do aterro. De acordo com o secretário-adjunto de Meio Ambiente de Itaquá, Mauricio Amorozini, ainda não é possível provar que a empresa estava recebendo terra e entulho de forma irregular. "Nas duas horas em que ficamos aqui (na Pajoan), pudemos avistar cerca de 30 caminhões com terra, então, chamamos a GCM (Guarda Civil Municipal) para escoltar os caminhões para fora da cidade. Por enquanto, não podemos afirmar se eles estão regulares ou não".

Prazo
A prefeitura deu o prazo máximo de dez dias para que representantes da Pajoan possam provar que o recebimento dos materiais é legal. "Demos esse tempo porque não dá para averiguar toda a documentação em poucos dias", explicou o secretário.

Além de provar que estão com a documentação em dia, a empresa terá de limpar as ruas em volta da empresa. "Essa foi a outra notificação que demos. Terão de fazer a limpeza das vias e, se for constatado algum dano no asfalto proveniente dos caminhões, acionaremos a Secretaria de Obras para tomar as providências".

Amorozini ainda explicou que, por enquanto, a empresa não terá nenhuma autuação por parte da prefeitura por possíveis práticas irregulares, uma vez que ainda nada foi provado. 

Sem resposta
O MN tentou falar com algum representante do aterro, porém, ninguém foi encontrado para comentar o assunto. 
Em nota, a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) informou que, se for constatado que a Empreiteira Pajoan infringiu a determinação judicial e a decisão do órgão estadual de interdição da área, a empresa poderá ser autuada.

A Cetesb ainda informou que a administração municipal tem o poder de fiscalizar e evitar o despejo clandestino de lixo irregular no local.

Fonte:Mogi News