terça-feira, 4 de setembro de 2012

Índice positivo Índice de mortalidade infantil cai na cidade


Índice positivo
Índice de mortalidade infantil cai na cidade
A cada mil nascidos vivos, 12,4 morrem em Mogi. Para especialistas, o índice é positivo e demonstra tendência de queda nos próximos anos
Noemia Alves
Da Reportagem Local
Jorge Moraes
Programa Mãe Mogiana: atendimento pré-natal a gestantes contribui para a baixa na mortalidade
Mogi das Cruzes teve 12,4 mortes para cada mil bebês nascidos vivos em 2011. Os dados são do levantamento divulgado ontem pela Secretaria de Estado da Saúde e pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade). Trata-se de um dos menores índices da região do Alto Tietê, e dentro da média de alguns municípios da Região Metropolitana como, por exemplo, Osasco (12,5), Santo André (12,6) e São Bernardo do Campo (12). Na comparação de 2009 com o ano passado, a cidade registrou uma diminuição de 1,0%. Ao todo, ao longo de 2011, Mogi das Cruzes teve 6.204 nascimentos de bebês vivos, e outros 77 óbitos de crianças.

Na avaliação de médicos, da direção da Santa Casa e da Secretaria de Saúde de Mogi, trata-se de um índice altamente positivo, que demonstra uma tendência para queda nos próximos anos. Isso, segundo eles, em razão da implantação e recente expansão do programa "Mãe Mogiana", que presta assistência especial às gestantes durante o pré-natal.

Na região, Mogi ficou abaixo de Ferraz de Vasconcelos (16,0), Suzano (14,6) e Poá (12,7) e Biritiba Mirim (12,5). Os dois menores índices de mortalidade no Alto Tietê pertencem aos municípios de Salesópolis e Guararema, com 8,8 e 10,4 mortes para cada mil bebês nascidos vivos, respectivamente.

Em nível estadual, a taxa de mortalidade infantil registrada em 2011 foi de 11,6 óbitos para cada mil nascidos vivos, 2,6% menor que a de 2010 e 31% que a de 2000, indicador comparável ao da Argentina.

"Mogi das Cruzes vem conseguindo reduzir significativamente os índices de mortalidade infantil por meio de diversas ações desenvolvidas nos últimos anos. Basta verificarmos a queda de 21,5 - índice registrado no ano 2000 - para 12,4 em 2011. Nossa meta é reduzir ainda mais e chegar a níveis de primeiro mundo. Para isso, vamos continuar trabalhando ações como o incentivo ao pré-natal de qualidade, o incentivo ao aleitamento materno e ao envolvimento das gestantes com todos os serviços de saúde disponíveis", declarou o secretário municipal de Saúde, Paulo Villas Bôas de Carvalho, por meio da Coordenadoria de Comunicação Social da Prefeitura. Ele atribui o Programa Mãe Mogiana e o Banco de Leite Humano como fatores que contribuirão para a redução dos índices.

Obstetra há cerca de 30 anos na Santa Casa e presidente da Comissão Permanente da Saúde, na Câmara Municipal, o vereador Francisco Moacir Bezerra de Melo Filho, o Chico Bezerra (PSB) avalia o número divulgado ontem como um avanço para a cidade. "Acho que é uma queda importante, em decorrência da melhor assistência no pré-natal, da reforma na Santa Casa, do programa Mãe Mogiana, e não podemos esquecer que, quando falamos em Santa Casa, abordamos cerca de 70% dos partos da região. Somos referência para casos de alto risco, o que implica em índices maiores. E ainda assim, apresentamos queda", disse Chico, que acredita que, em breve, os indicadores apontarão apenas um dígito (menor que dez) no futuro. "É uma queda substancial no índice de mortalidade e uma tendência para Mogi em diminuir cada vez mais. Mas essa queda acontece de forma mais lenta, como é natural neste tipo de índice", afirmou.

Fonte:Mogi News