quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Eleições Mais de 50% dos candidatos a vereador não nasceu em Mogi


Eleições
Mais de 50% dos candidatos a vereador não nasceu em Mogi
Dos 401 nomes com candidatura deferida ao Legislativo em Mogi, 207 são naturais de outros municípios
Cleber Lazo
Da Reportagem Local
Daniel Carvalho
Câmara Municipal: se as candidaturas efetivas seguirem a estatística dos candidatos, metade dos vereadores não será natural de Mogi
A maioria dos candidatos a vereador de Mogi das Cruzes não nasceu na cidade. Por meio do levantamento feito no sistema do Superior Tribunal Eleitoral (TSE) foi revelado que 207 postulantes ao cargo, de um total de 401 nomes que aparecem com o registro deferido, são naturais de outros municípios. Cento e noventa e sete candidatos ao Legislativo são mogianos.

Os paulistanos aparecem na segunda posição do ranking de "forasteiros", com 46 representantes. Curiosamente, os cariocas são os terceiros, com sete. Dois a mais que os candidatos nascidos na cidade vizinha Suzano.

A lista das sete primeiras posições é completada por Biritiba Mirim (4), Taubaté, no Vale Paraíba, e Barra Mansa, no Rio de Janeiro, ambos com três. Quando comparado o estado de origem a esmagadora maioria é de São Paulo. São 282 paulistas. Se no quesito naturalidade o Rio de Janeiro aparece na segunda posição, no aspecto estadual quem surge logo após São Paulo é Minas Gerais, com 40.

Os fluminenses aparecem em seguida com 18 representantes. A Bahia conta com 16, seguido de perto pelos paranaenses com 15. Fechando a lista dos estados com o maior números de candidatos estão Alagoas, com seis, e Ceará, 5.

As eleições municipais em Mogi das Cruzes conta até com um libanês, da cidade de Wateh-El-Hajar.


Prefeitos
Dos candidatos ao Executivo, quatro são naturais de Mogi. Marco Soares (PT) nasceu em Bauru, interior do Estado, e Jorge Paz (PSOL) é de Biritiba Mirim.

O sociólogo Afondo Pola avalia que a grande quantidade de "forasteiros" não deve influenciar na eleição. "Isso não atrapalha. O que deve contar para o candidato é o grau que ele tem de comprometimento com a cidade. Há candidatos nascidos no próprio município que podem não ter comprometimento nenhum".

No entanto, Pola destaca que a mudança de endereço pode ser um recurso utilizado por candidatos derrotados. "Certos políticos mudam o domicílio eleitoral porque no local de origem está encontrando dificuldade de se eleger. Isso é uma coisa que acontece nos dias atuais e quem tem que estabelecer esse critério é o eleitor, sabendo diferenciar o candidato que é comprometido com a cidade dos aproveitadores", acrescentou.

Fonte:Mogi News