quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Coleta Projeto de lei regulamenta descarte de óleo usado


Coleta
Projeto de lei regulamenta descarte de óleo usado
Jorge Moraes
Além dos Ecopontos, projeto Renove também recebe óleo usado
A Prefeitura de Mogi das Cruzes pretende implantar o Programa Municipal de Coleta, Tratamento e Reciclagem de óleos, gorduras de origem vegetal e animal de uso culinário, além de óleos combustíveis, lubrificantes e demais derivados de petróleo. O projeto de autoria do Executivo que tramita na Câmara prevê que todos os mogianos, sendo pessoas físicas ou empresas, devem dar a destinação correta a estes produtos, evitando o descarte na rede de esgoto.

A coleta do material deverá ser feita nos dois Ecopontos da cidade e a fiscalização ficará à cargo da Secretaria Municipal de Saúde (por intermédio da Vigilância Sanitária), de Segurança (Departamento de Fiscalização), da Secretaria do Verde e Meio Ambiente, e o Serviço Municipal de Água e Esgoto (Semae) que, inclusive poderá multar quem for flagrado fazendo o descarte incorreto de óleo.

O objetivo do projeto é diminuir o lançamento de óleos e gorduras nos encanamentos que ligam a rede coletora de esgoto ou fossa séptica. Segundo o Semae, os efeitos do lançamento deste material são sentidos na Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) do Semae, localizada em César de Souza. Ainda que não seja possível quantificar o volume de óleos e graxas lançados na rede, é visível que este tipo de descarte acontece. A recomendação é para que os óleos e graxas sejam reservados e encaminhados para reciclagem. 
A Secretaria de Verde e Meio Ambiente tem um prazo de 180 dias para implantar o programa a partir da aprovação da lei. A multa para quem descumprir a determinação varia de 1 a 10 Unidades Fiscais do Município (UFMs), sendo que cada uma dela equivale a R$ 115,77, para quem não cumprir a primeira notificação de advertência; de 10 a 20 UFMs quando os produtos forem lançados em locais proibidos por estabelecimentos comerciais ou de serviços; e de 20 a 100 UFMs quando a infração for cometida por indústrias. Além disso, em caso de incidência, a multa é aplicada em dobro. 
Segundo o Semae, o descarte de óleos, graxas e solventes na rede de esgoto é um procedimento irregular e alvo de campanhas contínuas de conscientização por parte da autarquia. Estes materiais são viscosos, aderentes e causam incrustação nos canos. Ou seja, com o passar do tempo, aderem às paredes das tubulações e diminuem seu diâmetro. 
Em Mogi, apenas a ONG Bio-Bras faz um trabalho de coleta de óleo através do Projeto Renove. (J.S.)

Fonte:Mogi News