RestauraçãoProjeto de casarão sai em 90 dias
Jamile Santana
Da Reportagem Local
Jorge Moraes
O prefeito Marco Bertaiolli visitou o casarão ontem e viu detalhes
Nos próximos 90 dias, uma equipe de arquitetos, engenheiros, topógrafos e historiadores devem trabalhar na elaboração do projeto executivo para a restauração de um casarão antigo que fica na rua Coronel Souza Franco, nº 917. Desapropriado desde o ano passado, o projeto do prédio será feito pela empresa Sarasá Arquitetura, uma das maiores especialistas do Brasil em restauro de edifícios históricos, reconhecida pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O prefeito Marco Bertaiolli (PSD) esteve ontem no local para assinar a ordem do serviço para que a empresa inicie os trabalhos. O projeto está orçado em R$ 75 mil.
De acordo com Marcelo Sarasá, arquiteto responsável pelo projeto, o objetivo é iniciar uma "investigação" sobre a história do imóvel, construído em 1920 pelo professor João Cardoso de Siqueira Primo, para recuperar o imóvel valorizando suas características originais.
"Há cômodos com muitos desenhos nas paredes que estão danificados. Vamos fazer estas investigações para completar estes desenhos, por exemplo, deixando o prédio mais parecido com o original possível", explicou.
Cerca de sete profissionais devem trabalhar no projeto. "É essencial resgatar estas características de um prédio, porque um povo sem sua história não é nada, não tem raízes", considerou Sarasá.
Depois de restaurado, o prédio abrigará o setor de Planejamento Educacional, da Secretaria Municipal de Educação. O casarão ficou abandonado durante anos e passou por serviços emergenciais, como a reforma do telhado e das paredes, além da manutenção das estruturas mais comprometidas. No ano passado, o imóvel foi desapropriado por R$ 696.274,75. "É o primeiro prédio histórico desapropriado pela Prefeitura de Mogi e que será restaurado para utilidade pública", destacou o prefeito. O prédio foi construído no estilo neoclássico e tem características típicas do século XIX, como a supervalorização das colunas e fachada robusta, com detalhes nas bordas.
As paredes foram construídas com tijolos de barro e as janelas e portas são de madeira. O prédio de 195,95 metros quadrados foi construído em um terreno de 511,28 metros quadrados.
Fonte:Mogi News
