sábado, 30 de junho de 2012

O futuro dos viadutos




SÁB, 30 DE JUNHO DE 2012 01:19
Foram positivos os primeiros resultados da audiência pública sobre os viadutos de Jundiapeba e da Vila Industrial, articulada pelo deputado federal Junji Abe (PSD) e realizada em Brasília. A diretoria do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) confirmou a liberação dos R$ 48 milhões para a execução do projeto, com previsão de início das obras em 2013.
Há dois anos, em diversas ocasiões, a Cidade esteve prestes a ver iniciados os serviços. Mas, no ano passado, quando estouraram denúncias de corrupção no órgão, a presidente Dilma Rousseff substituiu seus principais diretores e o projeto em andamento foi suspenso.
No caso de Mogi, faltam as licitações para a contratação do projeto executivo e de fiscalização dos serviços.
Na audiência solicitada por Junji Abe, que, prefeito na gestão passada, acompanhava as negociações com o governo federal, a União confirmou que fará os viadutos, mas não pagará pelas desapropriações de imóveis – algo, aliás, que já havia sido acordado com o Município, no início das tratativas para a obra.
Se a União só fizer os viadutos, e é o que todos esperam, será o suficiente para Mogi das Cruzes se ver livre, de boa parte de seus problemas do trânsito, engessado pela manutenção das passagens de nível.
Ao serem colocadas às claras as intenções do governo federal, a luta pelos viadutos se revigora – o que se espera, agora, é o cumprimento das novas promessas, e a liberação efetiva dos recursos.
O prefeito Marco Bertaiolli (PSD) garantiu o pagamento pelas desapropriações de imóveis na região de Jundiapeba, orçado em cerca de R$ 5 milhões – já para a liberação da área no entorno da passagem de nível da Vila Industrial, ele terá de buscar os recursos para bancar os R$ 10 milhões necessários para o mesmo fim.
A Cidade deve dar uma contrapartida, e também o Governo do Estado, que administra a linha de trens.
As negociações entre as três esferas do governo são importantes para fazer esse projeto andar. O que não pode se prolongar é a indefinição sobre o futuro de uma obra prioritária para a melhoria da mobilidade urbana, que acarreta prejuízos incalculáveis
para a vida dos mogianos e a economia da Cidade. Vale constar um abandono histórico que nos é muito prejudicial. Mogi das Cruzes, na Região Leste da Grande São Paulo, é a única que ainda possui seis passagens de nível. Em todas as outras cidades e bairros da Capital, elas já foram eliminadas. Essa pendência com a Cidade precisa ser corrigida.


Fonte:O Diário de Mogi