sexta-feira, 22 de junho de 2012

Combustíveis terão reajuste






A presidente da Petrobras, Graça Fortes, confirmou o aumento no preço da gasolina / Foto Divulgação


O governo ainda não definiu o índice de reajuste da gasolina e do diesel, mas a decisão de aumento está confirmada.


A presidente da Petrobras, Graça Foster, disse que o aumento poderá ser de 10%, conforme antecipou o jornal Folha de S.Paulo na edição impressa desta quinta-feira (21).
"Normalmente a imprensa é muito bem fundamentada", disse Graça, ao ser questioada se esse seria o patamar de aumento.
A gasolina e o diesel representam metade da receita da Petrobras. A falta de ajuste tem refletido negativamente nas ações da empresa no mercado, principalmente depois que a estatal passou a ter que importar gasolina para suprir o consumo interno, comprando o combustível a preços internacionais e vendendo com preços congelados.
Ela não quis, no entanto, confirmar o percentual. "Nós não temos nenhum percentual de aumento da gasolina e nenhuma data específica."
Graça, porém, explicou que em algum momento o aumento deve acontecer. "Nós precisamos de um aumento, porque o Brent desceu, mas o câmbio está subindo. Então, a paridade do preço está bem defasada."
Nem o ministro da Fazenda, Guido Mantega, nem o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, confirmaram que o governo já teria um índice definido.
"Não confirmo nada", disse Mantega, sem querer comentar o assunto.
Segundo Lobão, o governo está constantemente estudando o impacto do aumento de combustíveis na inflação.
"Estamos sempre fazendo simulações de quanto a Petrobras precisa de aumento e como isso repercute na inflação. Isso não quer dizer que vá se realizar prontamente", disse o ministro.
Ele informou que ainda há espaço para utilizar a Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico), mas o governo está cauteloso porque se isso acontecer, os recursos da taxa serão esgotados, segundo
Lobão.
A Cide é usada como uma espécie de colchão pelo governo para amortecer o impacto do aumento dos combustíveis na inflação. O governo vem lançando mão do recurso há nove anos, lembrou Lobão, e por isso os reajustes não pesam no bolso do consumidor.
Desta vez, o governo tem dúvidas de usará o artifício ou deixará que o aumento chegue ao consumidor.


Fonte:O Diário de Mogi