sexta-feira, 22 de junho de 2012

Avaliação Promotor vistoria atendimento de oncologia no Luzia de Pinho Melo



Lupo disse que todas as ações até então prometidas estão sendo cumpridas, dentro de um plano de trabalho
Noemia Alves
Da Reportagem Local
Osvaldo Birke


No geral, promotor disse que pacientes estão recebendo assistência. Ele ainda concluirá avaliação
O promotor de Justiça do Fórum de Mogi das Cruzes, Fernando Paschoal Lupo, deve divulgar na próxima semana um parecer sobre o atendimento prestado pelo Hospital Luzia de Pinho Melo aos pacientes com câncer. O representante do Ministério Público visitou ontem o hospital para avaliar a infraestrutura e a assistência oferecida aos pacientes desde maio, quando o serviço passou a ser realizado por determinação da Secretaria de Estado da Saúde.
Antes, pacientes com a doença e que precisavam de consultas periódicas com oncologista, procedimentos de quimioterapia ou radioterapia e moravam nos municípios do Alto Tietê e Guarulhos, eram atendidos no Centro Oncológico e Hospital do Câncer "Dr. Flávio de Isaías Rodrigues". A instituição é acusada pelo governo do Estado de cometer fraudes e atos administrativos ilegais contra o Sistema Único de Saúde (SUS) e está impedida de prestar qualquer atendimento a pacientes que não tenham convênio.


Fernando Paschoal Lupo e o promotor de Justiça do Patrimônio Público, Alexandre Coelho, instauraram inquérito para avaliar as denúncias apresentadas contra o HC de Mogi. Lupo avalia não apenas as acusações de supostas irregularidades como também de medidas adotadas pelo governo estadual para garantir atendimento às pessoas com a doença e eventuais problemas que elas possam ter em razão da transferência do serviço para o hospital público.
Lupo permaneceu durante três horas dentro do Hospital Luzia de Pinho Melo. Ele evitou dar detalhes da vistoria, porém, o que se sabe é que ele avaliou o setor de ambulatório e quimioterapia e também alguns documentos no setor administrativo. "Existem muitos pontos a serem avaliados, algumas sugestões serão apresentadas, mas, no geral, pode-se dizer que os pacientes não estão desassistidos e todas as ações até então prometidas estão sendo cumpridas, dentro de um plano de trabalho. Havia a previsão de em até dois meses (início de julho) o serviço de ambulatório e quimioterapia já estarem em andamento e tudo está dentro do previsto. Vamos continuar acompanhando", comentou o promotor, informando que a direção do Luzia reforçou o prazo para início do serviço de radioterapia até o fim do ano.
Na avaliação do promotor, a implantação do telefone  (11) 3583-2876, pela Secretaria de Estado da Saúde, para agendamento de consultas e dúvidas dos pacientes, de segunda a sexta-feira (exceto feriados e emendas), das 8h às 16h, pode diminuir transtornos enfrentados pela maioria dos pacientes.
"Mas ainda há alguns pontos a serem revistos", voltou a dizer o promotor, que aguarda o envio de outros documentos do governo do Estado e de outros órgãos, como Ministério Público Federal e Conselho Regional de Medicina (CRM), que também apuram as denúncias, para dar o parecer final.


Polícia Civil
A delegada assistente da Seccional de Mogi das Cruzes, Valéria Belmonte, que apura as denúncias na esfera criminal, convocou o diretor e fundador do Centro Oncológico, Flávio Isaías Rodrigues, para prestar depoimento na próxima semana. A data e o horário não foram divulgados.


Fonte:Mogi News