domingo, 20 de maio de 2012

Vila Ipelândia Área deve ser alagada só em 2013


Demora em retirada de árvores é o motivo para que a capacidade da represa ainda não tenha sido ampliada
Bras Santos
De Suzano
Daniel Carvalho

Famílias saíram em 2010, mas até agora área não foi inundada
Em 2010, o governo do Estado, por meio do Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE) e da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), promoveu um ´mutirão´ para retirar os moradores de uma área com cerca de cinco quilômetros quadrados na Vila Ipelândia, no distrito de Palmeiras, em Suzano. 
Esse terreno seria usado para aumentar o volume de água armazenada na represa de Taiaçupeba, que faz parte do Sistema Produtor do Alto Tietê (Sipat) e produz água para várias cidades do Alto Tietê, ABC Paulista e bairros da Zona Leste da capital. A ação garantiria a ampliação de 10 metros cúbicos para 15 metros cúbicos por segundo no volume de água tratada na Estação de Tratamento de Água de Taiaçupeba. 
A ponte sobre o rio Taiaçupeba-Mirim, as instalações da fábrica Manikraftt, a favela da Vila Ipelândia e dezenas de construções feitas no terreno do DAEE, ao longo da estrada velha Suzano-Ribeirão Pires, foram removidas ao custo estimado de R$ 6 milhões. 
Mas, passados quase dois anos, a represa continua com a mesma área ocupada de três anos atrás: cerca de 14 quilômetros quadrados. A demora para o desmatamento de parte da área que será alagada é hoje o motivo principal para que a represa ainda não tenha sido ampliada.Além de o enchimento do reservatório estar atrasado em pelo menos um ano, nesse momento ainda não existe uma data para que a represa alcance os 85 milhões de metros cúbicos de água. É possível que a inundação aconteça a partir de 2013 e seja concluída até 2015.


Principalmente na região da estrada Duchen, será necessário remover centenas de árvores (eucaliptos na maioria) que poderiam comprometer a qualidade da água. Para a retirada uma empresa será contratada, segundo informações transmitidas pela Sabesp. "A empresa a ser contratada fará a retirada da vegetação para que o volume de água armazenado seja ampliado. O valor depende do término da contratação", explicou a assessoria de Imprensa da companhia.
Fontes ligadas ao DAEE, entretanto, garantiram ao jornal que a empresa já foi contratada e que o trabalho só não começou porque a Secretaria do Meio Ambiente estaria demorando a dar a licença que a Sabesp precisa para iniciar a atividade. Oficialmente, o DAEE não se manifestou.


Fonte:Mogi News