quarta-feira, 14 de março de 2012

Fiscalização Uso comum de postes traz perigo


Segundo empresa, de cada cinco postes vistoriados, é comum encontrar quatro ligações ilegais no município
Noemia Alves
Da Reportagem Local
Mayara de Paula
 

Alerta foi feito em reunião realizada ontem na Câmara de Mogi com representantes da Bandeirante
Representantes da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e DA Agência Nacional de Energia Elétrica deverão comparecer no dia 13 de abril, às 10 horas, na Câmara, para reunião com empresas concessionárias de telefonia e energia elétrica da cidade, além de vereadores da Comissão Permanente de Obras, Habitação, Urbanismo e Meio Ambiente. 
O motivo do encontro, marcado pelo presidente da Comissão, Jolindo Rennó Costa (PSDB), é a maior cobrança de fiscalização dos órgãos federais sobre a instalação e o uso compartilhado de postes tanto para instalação de cabos de energia elétrica como de telefonia ou de televisão por assinatura. 
A medida, ilegal, segundo o presidente da Associação dos Engenheiros Arquitetos e Agrônomos de Mogi das Cruzes (Aeamc), Orlando Pozzani, oferece grande risco de incêndio e queda dos postes. "A instalação conjunta destes três tipos de serviços em um único poste pode levar à sobrecarga, que, por sua vez, pode ocasionar um curto circuito ou até queda do poste. Não diria que é um risco iminente de um acidente, mas é uma situação séria, que gera preocupação", ponderou Pozzani, ontem pela manhã, durante reunião da comissão de vereadores, profissionais da engenharia e técnicos da EDP Bandeirante, concessionária de energia elétrica no município. 
Jolindo Rennó ficou surpreso ao ser informado que "emaranhado de fios" em diversos pontos da cidade não têm uma efetiva fiscalização da concessionária ou dos órgãos federais. "O ideal era de que a empresa que fosse compartilhar o poste com a concessionária de energia prestasse informações do volume de fios, até para que a concessionária pudesse mensurar a carga máxima dos postes. Isso não pode continuar assim", reforçou.


O gerente de projetos da EDP Bandeirante, Gerson Lemes, confirmou que o uso compartilhado dos postes sem aviso ou solicitação prévia à concessionária de energia é comum. "De cada cinco postes vistoriados, é comum encontrar quatro ligações ilegais. Mas fiscalizar a cidade toda é muito complicado". 
Outro assunto amplamente discutido na reunião foi da dificuldade enfrentada por engenheiros da cidade para conseguir a ligação de novos pontos de energia. Os profissionais criticaram o tratamento e ações dispensadas pelas empresas terceirizadas que prestam serviço para a Bandeirante, tanto para novas construções quanto para religações ou alterações em sistemas já existentes.


"Os projetos são reprovados sem que os técnicos das terceirizadas visitem os locais. Prova disso são relatórios que eles apresentam dizendo que o local estava fechado, quando não há nem portão no local, ou ainda de que já existe ligação e nem relógio o cliente tem", apontou Cristiane Oliveira, proprietária de uma empresa de consultoria de engenharia elétrica. A especialista em relações com o cliente da EDP Bandeirante, Maria Ângela Moreria Pires de Alencar, se comprometeu a intensificar o acompanhamento do trabalho das contratadas, além de proporcionar um atendimento diferenciado aos engenheiros.


Fonte:Mogi News