quarta-feira, 14 de março de 2012

Dia infernal Chuva recorde provoca estragos


Segundo o Centro de Gerenciamento de Emergências, o volume de chuva ontem chegou a 61,4 milímetros
Jamile Santana
Da Reportagem Local
Amilson Ribeiro
 
Na região da praça da Bandeira, água voltou a subir, como ocorria antigamente, para o desespero de quem mora ou tem estabelecimento comercial na área
Mais de duas horas de chuva foram suficientes para travar as principais ruas e avenidas da cidade, alagar praças, arrastar carros e deixar pessoas ilhadas em diversos pontos do município. Segundo o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE), o volume da chuva chegou a 61,4 milímetros, um índice histórico nos últimos 57 anos. Para se ter uma ideia, o volume foi maior do que o registrado no dia 18 de março de 2005, quando chegou a 60,5 milímetros. Na época, o temporal devastou a cidade e foi considerado o pior dos últimos 50 anos.


Na área central o piscinão, no Parque Santana, quase transbordou ontem. A praça da Bandeira, na rua Tenente Manoel Alves dos Anjos, ficou alagada, deixando várias pessoas ilhadas. Pontos de alagamento também foram registrados em toda a extensão da avenida Voluntário Fernando Pinheiro Franco.


No distrito de Brás Cubas, o córrego dos Canudos, que passa por obras de canalização, transbordou e atingiu algumas casas. No Jardim Aeroporto, algumas ruas também foram alagadas. Apesar do volume de água, o escoamento foi rápido, o que não trouxe mais prejuízos aos moradores. Segundo balanço da Defesa Civil, a avenida Lourenço de Souza Franco também foi afetada. 
Há também registro da queda do muro de um imóvel na rua Jardelina de Almeida Lopes, no Alto do Ipiranga, que cedeu em virtude da força da água, mas não houve vítimas.


No Rodeio, sete famílias moradoras da rua Irmãos Brás ficaram ilhadas. "Foi impressionante porque aqui, normalmente, alaga quando chove, mas desta vez o volume foi muito maior, a água ficou muito próxima de entrar em casa. Não podemos sair de casa até que ela escoe, e isso deve levar pelo menos um dia", explicou um dos moradores, Paulo César da Silva. 
Na Vila Oliveira, um carro foi arrastado pela chuva na rua Salim Elias Bacah. O carro estava estacionado na parte mais baixa do morro. Segundo os moradores, em questão de minutos, o volume era tão grande que apenas o teto do veículo não foi encoberto pela água. Até as 20 horas, o dono do carro ainda não tinha visto o estrago. O veículo ficou atravessado na pista. 
Diferentemente de 2005, o volume de chuva registrado na cidade ontem só não causou mais estragos por conta da canalização do ribeirão Ipiranga, a maior obra contra enchentes na área central. Foram executados o aprofundamento e a canalização de cerca de 1,5 quilômetro do ribeirão, entre a rua Ipiranga e a foz com o rio Tietê, na divisa do Mogilar e Vila Industrial.


Fonte:Mogi News