Cleber Lazo
Da Reportagem Local
Daniel Carvalho
A mogiana Regina Rodrigues não vê a mãe há 24 anos
Após 24 anos sem ter nenhuma notícia, a aposentada Geraldina Bastos, de 97 anos, moradora do Rio de Janeiro, conseguiu encontrar a filha, a doméstica mogiana Regina Rodrigues, 51. Ela foi localizada por intermédio da Ouvidoria Municipal, da Secretaria Municipal de Assistência Social e do Centro de Referência de Assistência Social (Cras) de César de Souza.
A história começou quando o funcionário público Claudio Luis Rodrigues, 42, resolveu presentear a avó, moradora de Nova Iguaçu, região da Baixada Fluminense, que completará 98 anos no próximo dia 20 de março. A aposentada sempre disse que sonhava reencontrar a filha desaparecida. Assim, o neto de dona Geraldina resolveu buscar informações que levassem ao paradeiro da tia.
"Sabíamos apenas que ela estava vivendo em um bairro chamado César de Souza", contou. "Comecei a pesquisar na Internet e encontrei o endereço do e-mail da Ouvidoria no site da Prefeitura", disse.
Imediatamente, o funcionário público encaminhou um e-mail contando a história da carioca quase centenária. "Alguns dias depois, recebi a informação de que meu pedido havia sido repassado à Secretaria Municipal de Assistência Social para devidas providências", contou. "Uma semana depois, uma assistente social do Cras de César de Souza me ligou. Para minha surpresa, ela passou o telefone da minha prima, Flávia, que conheci quando tinha apenas 5 anos. Entrei em contato e consegui o número da minha tia", contou Rodrigues.
Em posse do número, ele foi até a casa da avó. "Fiz questão de estar ao lado dela na primeira vez em que ligasse para a Regina. Assim que ela atendeu, passei o telefone e ela ficou pasma ao ouvir a voz da filha", descreveu o funcionário público. "Estou planejando trazer a minha tia para o Rio no dia do aniversário da minha avó", revelou o neto.
Regina Rodrigues chegou a Mogi, saindo do Rio, em 1988. Em terras mogianas, ela teve três filhos, totalizando cinco. "Fiquei muito surpresa", contou. "Criei meus cinco filhos sozinha e a vida acabou deixando a minha mãe longe. Ao longo destes 24 anos, mesmo sem saber, minha mãe ganhou três netos e 13 bisnetos", brincou a doméstica, que prometeu nunca mais perder o contato com a mãe. "Ela está saudável e muito lúcida", comemorou.
Ouvidoria
"Esse é o objetivo da Ouvidoria: ser a ponte do cidadão com o poder público e, acima de tudo, cuidar das pessoas", salientou o ouvidor municipal, Romildo Campello.
Fonte:Mogi News
