terça-feira, 6 de março de 2012

Desespero Mogiana pede internação do filho à Justiça


Jovem de 22 anos é viciado em crack e, por causa da droga, está colocando a vida de toda a família em risco
Cleber Lazo
Da Reportagem Local
Amilson Ribeiro

Como a maioria dos usuários de drogas, mogiano se tornou violento e está gerando riscos à família
Uma mãe desesperada e uma família em ruínas. É neste cenário que uma dona de casa mogiana pede a internação compulsória do filho de 22 anos, usuário de crack desde os 17 anos. Ela espera que a Justiça determine que ele seja encaminhado para uma clínica de recuperação para dependentes químicos, como a existente em Franco da Rocha, Região Metropolitana de São Paulo. O sistema adotado no local impede a fuga dos internos. O pedido tem como base o histórico do jovem mogiano, que já fugiu de três clínicas convencionais, em São Bernardo do Campo e em Taboão da Serra. 
A internação compulsória só pode ser definida por um juiz. E é exatamente à Justiça que a mãe pede ajuda neste momento, em que ela, a filha de 7 anos e o marido, pai do usuário, correm o risco de serem as mais novas vítimas do crack.


Moradora de Brás Cubas, a dona de casa vive com medo de que o filho possa cometer um homicídio, contra o pai, a irmã ou ela própria, como consequência do uso ou da falta da droga. A mogiana também teme pela vida do filho. 
Ela contou que têm em mãos três laudos do Instituto de Medicina Social e de Criminologia de São Paulo (Imesc) que provam que o jovem não pode mais viver em sociedade. A situação do mogiano chegou ao ponto de a Justiça determinar, em 2009, que ele ficasse preso em uma cela isolada no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Mogi das Cruzes até encontrar um tratamento adequado. Permaneceu nestas condições por quase dois anos, mas o prazo expirou e ele não conseguiu ir para a clínica. Foi exatamente neste período que foram emitidos os três laudos do Imesc. Quando saiu, voltou ainda mais violento e consumindo crack de uma forma mais frenética. 
Antes mesmo do crack, o jovem já tinha um perfil psicológico problemático. Aos 13 anos de idade, apresentava transtornos graves, com isolamento e depressão.


Morador de rua
O dependente quími-co vive atualmente nas ruas. Ele dorme no carro dos pais, que fica estaciona-do na rua da frente do condomínio onde vivia com a família. Os antigos vizinhos proibiram a entrada dele no conjunto habitacional. A justificativa foi o medo. Os condôminos presenciaram uma das crises. 
O usuário de drogas destruiu a casa onde morava. A violência sob o efeito do crack era tanta que as portas e as janelas do apartamento foram arrancadas. O objetivo era levar algo de valor para trocar por mais drogas.


Na ocasião, há alguns meses, a família se mudou e foi morar de aluguel em uma casa do outro lado da cidade. O filho conseguiu chegar até eles e os ameaçou. Se não desse dinheiro, mataria o pai, a mãe e sequestraria a irmã.


A dona de casa afirma que o filho já não reconhece o pai nem a mãe. Eles são vistos apenas como meros financiadores do vício. O filho mais velho não suportou a pressão e saiu de casa. Ou tomaria esta atitude ou acabaria com a vida do irmão.


Fonte:Mogi News