domingo, 8 de janeiro de 2012

Repercute Urbanistas aprovam planos para a avenida Francisco Rodrigues Filho


Prefeitura de Mogi das Cruzes tem a intenção de construir uma via marginal e também uma nova rotatória
Cleber Lazo
Da Reportagem Local

Daniel Carvalho

Tendência é de que o tráfego fique cada vez mais saturado
Após o Mogi News detalhar o projeto de construção de uma via marginal e de uma rotatória na avenida Francisco Rodrigues Filho, os urbanistas da cidade comemoram o investimento, mas ressaltaram que novas ações deverão ser feitas a fim de atender a população que viverá nos conjuntos imobiliários que surgirão naquela região da cidade. 
A avenida é um dos principais corredores viários da cidade e liga os bairros Mogilar, Rodeio, Botujuru e o distrito de César de Souza. As negociações para a realização das obras estão bem adiantadas. Representantes da Prefeitura já se reuniram com integrantes de duas empreiteiras que farão o serviço por meio de uma Parceria Público-Privada (PPP). 
O projeto executivo, avaliado em cerca de R$ 4 milhões, para a implantação da via à margem da avenida, além de um trevo de acesso entre a rotatória Kazuo Kimura (do Habib´s) e a ponte do rio Tietê, já estaria pronto. Resta, agora, definir os prazos para início e duração das obras e possíveis interdições.


Otimista com a iniciativa, o engenheiro e ex-secretário municipal de Obras, Jamil Hallage, destacou que "a alternativa mais eficiente era criar uma via marginal, uma vez que desenvolver novas alternativas é mais cara e difícil". "O sistema viário de Mogi precisa de uma atenção constante, porque as obras de mobilidade urbana não seguiram o crescimento do número de carros", frisou.


Já o arquiteto Paulo Pinhal avalia que "ações como estas devem ser feitas pelas empreiteiras, como contrapartida do lucro que terão com a venda dos imóveis". "É preciso buscar um meio legal que obrigue estas incorporadoras milionárias a dividir as responsabilidades. As construtoras interessadas no município precisam, antes de começar a levantar condomínios, elaborar um estudo de impacto ambiental para colocar em prática ações que minimizem as consequências geradas ao sistema viário", disse.


Nelson Bettoi Batalha, representante do Alto Tietê no Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Estado de São Paulo, avaliou de forma positiva o projeto da administração municipal. "Oferecer acessos aquela região será de vital importância, porque, em breve, César de Souza receberá uma imensa quantidade de moradores. Trata-se de uma ação que terá resultado a curtíssimo prazo", frisou. "A ação merece todo o apoio, mas é preciso buscar meios e impedir que não haja problemas no afunilamento para o centro, um local complicado devido às ruas estreitas", disse.


O engenheiro José João Mossri, que também atuou como secretário municipal de Obras entre os anos de 2001 e 2002, acredita que a construção de uma via marginal na avenida é um caso prático que "o planejamento deve-se chegar aos bairros antes dos investimentos em unidades habitacionais". "Desapropriar terras ´vazias´ é muito mais fácil do que arcar com as despesas de desapropriações. O crescimento de Mogi seguirá o caminho do Botujuru e, por isso, se faz tão importante o investimento em mobilidade urbana naquela região, uma vez que o atraso em ações neste segmento é notório", avaliou.


Fonte:Mogi News