domingo, 8 de janeiro de 2012

Dois anos de uso Moradores vão apelar à Justiça

Reuniões foram realizadas com a administradora, mas nenhuma ação foi realizada, segundo os condôminos
Cleber Lazo
Da Reportagem Local
Daniel Carvalho

Além de falhas na estrutura, há queixas de falta de segurança
Os moradores dos apartamentos do Programa de Arrendamento Residencial (PAR), localizados no Mogi Moderno, prometem recorrer à Justiça para que os problemas estruturais e administrativos identificados no local sejam resolvidos. As unidades foram entregues há apenas dois anos. Segundo eles, diversas reuniões foram realizadas com a empresa administradora, a Caper Negócios Imobiliários, mas nenhuma ação foi adotada.
Uma associação foi formada e o Ministério Público Federal (MPF) acionado, mas o pedido de investigação acabou arquivado. Contudo, o grupo promete elaborar um novo dossiê, que contará com imagens e relatos, e, novamente, entrar com o pedido de averiguação e, ainda, com uma ação na Justiça. A lista de reclamações é grande. Entre as críticas mais incisivas está a falta de vagas no estacionamento. "São 160 apartamentos e apenas 56 vagas. O resultado deste mau dimensionamento é uma grande quantidade de carros nas ruas em torno dos seis blocos", revelou Pedro Alves de Lima, de 39 anos, que mora no local desde a inauguração.


A falta de segurança é outro problema lembrado. O muro na parte dos fundos é baixo e apartamentos já foram furtados. A manutenção precária "quase inexistente" é outro quesito que tem deixado os condôminos preocupados. O mato alto é uma cena comum, assim como o acúmulo de lixo nas cabines de energia, situação que pode gerar incêndios, caso ocorra um curto-circuito.
Rachaduras são visíveis até mesmo na fachada. Infiltrações nas janelas e no teto dos apartamentos na "cobertura" obrigam os mogianos que vivem no PAR do Mogi Moderno a tirar do próprio bolso o serviço que deveria ser básico para um apartamento com dois anos de funcionamento. "Não resolvemos apenas as infiltrações. Fomos obrigados a tirar do dinheiro do condomínio a substituição dos canos que eram de ferro", revelou Lima. "A água não chegava aos apartamentos porque a ferrugem destruía parte do sistema", contou.
As reclamações ligadas a parte administrativa estão relacionadas a cobrança, segundo os condôminos, indevida do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU). "Pagamos R$ 155 de condomínio e não temos nenhum benefício em troca.
O IPTU não chega direto em nossas mãos e a administradora não explica como é feita a divisão dos valores. Já reivindicamos transparência no gerenciamento das dívidas com os impostos e outros serviços, mas o que notamos é uma grande variedade de desculpas", criticou Lima.


Outra questão apontada é o aluguel e venda de apartamentos. Por se tratar de um Programa de Arrendamento Residencial, os arrendatários ficam proibidos de comercializar ou alugar os imóveis, o que não ocorre na prática.


O Mogi News entrou em contato com a Caper. A empresa informou que os questionamentos deveriam ser feitos para a Caixa Econômica Federal (CEF), que foi comunicada. De acordo com o banco, uma visita técnica será realizada ao local para verificação dos problemas apontados.


Fonte:Mogi News