domingo, 11 de dezembro de 2011

Na cadeia Assassino terá prisão prorrogada

Réu confesso, Antônio Carlos Rodrigues da Silva Júnior, o Tartaruga, ficará mais 30 dias preso temporariamente

Jamile Santana
Da Reportagem Local
Daniel Carvalho

Antônio Carlos Rodrigues da Silva Júnior, o Tartaruga, assassino confesso, ficará mais 30 dias preso
O delegado do setor de Homicídios, Luiz Roberto Biló, tem até hoje para comunicar à Cadeia Pública de Mogi das Cruzes sobre a autorização da Justiça em prorrogar, por mais 30 dias, a prisão temporária de Antônio Carlos Rodrigues da Silva Júnior, o Tartaruga, assassino confesso das irmãs Renata e Roberta Yoshifusa. O prazo da primeira prisão decretada termina amanhã e todas as investigações correm em segredo de Justiça. 
Uma série de contradições já apontavam a autoria do crime. Tartaruga foi surpreendido pelos pais das vítimas, Nelson Yoshifusa. Ele estava dentro da casa, com ferimentos na barriga e no braço e disse que lutou com três homens que teriam invadido a casa para defender as meninas.


Esta versão foi logo descartada pelos investigadores e pelos delegados da Polícia Civil, que estiveram no local no dia do crime, já que não havia sinais de arrombamento, pegadas no chão ou luta corporal, que indicasse a invasão.


No dia do crime, o assassino recebeu atendimento médico no hospital Luzia de Pinho Melo, mas foi escoltado por policiais. No dia seguinte, acabou confessando parcialmente o crime.


Em uma entrevista coletiva dada à Imprensa no dia 12 de novembro, o delegado do setor de Homicídios contou como Tartaruga confessou o crime. "Doutor, se confessar a gente tem benefício na pena? Respondi que sim, evidente, porque a lei determina isto. Ele disse que iríamos conversar de modo diferente. E então, confessou o homicídio, mas jamais revelou que teria cometido qualquer agressão sexual contra as meninas".




Julgamento
Em entrevista à TV Mogi News, o advogado criminalista Dirceu do Valle explicou que o tempo médio para o julgamento de um suspeito de homicídio varia de um mês a um ano. Em situações como esta, o acusado vai a júri popular. "A acusação de homicídio, é a acusação de um crime doloso contra a vida, e qualquer crime doloso é julgado pelo Tribunal de Júri. Até porque, pelo o que a mídia divulgou, neste caso, o suspeito é réu confesso, e teria confessado, inclusive, na frente de um magistrado, na frente de vários delegados de polícia. Creio que o final deste caso acabará sendo decidido pelo júri popular".


A pena do homicídio qualificado é, no mínimo, de 12 anos e máxima de 30 anos.


O fato de serem duas vítimas deve pesar na pena do acusado que, segundo o advogado poderá ser condenado a pelo menos 24 anos de prisão. 


Fonte:Mogi News