terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Levantamento Nas 10 cidades do Alto Tietê 59 mil pessoas vivem em extrema pobreza

Este número equivale a mais de três vezes a população de Salesópolis e representa 4,1% da população da região
Jamile Santana
Da Reportagem Local
Levantamento da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) revelou que 59.840 pessoas vivem em situação de extrema pobreza nas dez cidades do Alto Tietê. Para se ter uma ideia de como este número é alto, esta população é três vezes maior do que o número de habitantes de Salesópolis. 
O estudo foi feito com base nos dados divulgados no Censo 2010 e relaciona o número de famílias que vivem com menos de um salário mínimo por mês, o que neste caso, representa 4,1% da população de toda a região. 
De acordo com o Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, define-se como situação de extrema pobreza a carência de alimentação, vestiário, alojamento e saneamento básico adequados, além da falta de recursos econômicos, como uma renda, e também a exclusão social. 
Itaquaquecetuba é a cidade com a maior proporção populacional que vive nesta situação: 5,8% dos habitantes. Em números absolutos, este índice representa 18.731 pessoas, número que também ultrapassa o número de habitantes de Salesópolis (15.635 pessoas). 
Em segundo lugar está Biritiba Mirim, com 1.278 pessoas em situação de extrema pobreza, 4,5% do total de habitantes. Salesópolis, por ser a menor cidade da região, também é a que representa o menor índice: 2,8%, ou 441 habitantes. (Confira mais detalhes no quadro acima)


Índices altos
De acordo com a diretora regional da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social (Drads), Vera Zobaran, os índices regionais são considerados altos. "O fato do número de pessoas vivendo em extrema pobreza ser maior do que a população de uma das cidades da região é um sinal claro que o problema que temos é muito grande o que, com certeza, dificulta uma solução", destacou.


Apesar de difícil, o problema não é impossível de resolver, diz a diretora: "As três esferas do governo, ou seja, os governos federal, estadual e municipal, têm desenvolvido projetos sociais que visam a diminuir estes índices. E este trabalho é essencial, já que à medida que vão crescendo, vão mudando a cultura e proporcionando melhores resultados para o futuro." 
Projetos como o Bolsa Família, o Renda Cidadã e o Ação Jovem são destacados com os principais em vigor no momento. "Uma mudança Lei Orgânica da Assistência Social excluiu projetos assistencialistas e, hoje, para uma família ser amparada tem de dar uma contrapartida, como manter os filhos na escola, por exemplo. Isso terá um retorno e uma mudança no comportamento das próximas gerações, muito importante para a erradicação da pobreza", avaliou Vera.


Fonte:Mogi News