sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Vigilância aprova UTI de hospital

PREOCUPAÇÃO Álvaro Rodrigues aponta necessidade de readequação de tetos para liberação de leitos


Mariana Leal
A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital do Câncer Doutor Flávio Isaías Rodrigues foi aprovada pela Vigilância Sanitária e espera a habilitação da Secretaria de Estado da Saúde para funcionar plenamente. Às vésperas do Dia Nacional de Combate ao Câncer, celebrado no domingo, a entidade pede que a resposta seja dada em breve, considerando que a unidade será a primeira na Região a ter o núcleo voltado especificamente para atender pacientes que passaram por cirurgia de alta complexidade e poderá aliviar a demanda de outros hospitais equipados com o setor, mas sem autonomia para acolher os casos.


Pronta há um ano, a UTI tem seis leitos e foi construída durante a adaptação do Centro Oncológico para hospital, o que ocorreu há dois anos, com investimento total de R$ 5 milhões. Já totalmente equipada e apta para atendimento, a unidade depende desta habilitação estadual para funcionamento. No entanto, o diretor administrativo Álvaro Otávio Isaías Rodrigues, acredita que este volume de leitos não será suficiente para a demanda atendida.


"São 2 mil pessoas assistidas anualmente e que necessitam deste tipo de atenção quando passam por uma cirurgia de alta complexidade ou por uma intercorrência - têm hemorragia, pneumonia, sepse, desnutrição, anemia. Hoje eles precisam recorrer aos hospitais públicos e privados da Cidade, que não possuem atendimento específico, ou aos hospitais oncológicos na Capital, o que gera transtornos e desconfortos até para a família", destacou, acrescentando que, com a liberação da UTI, aqueles que necessitarem do serviço terão à disposição um médico diarista intensivista (que cuida das intercorrências) e um diarista oncológico. Eles acompanharão os pacientes ininterruptamente e saberão como agir em todos os casos.


Juntamente à habilitação, o hospital pediu também a readequação do teto financeiro para a manutenção do serviço, estimada em R$ 80 mil por mês.


A abertura de mais 10 leitos para o Sistema Único de Saúde (SUS), chegando a 18, também integra a readequação do prédio localizado na Rua Doutor Osmar Marinho Couto, no Alto do Ipiranga. Mas para atender a demanda do Alto Tietê, que chega a 5 mil pacientes, é necessário que o teto para leitos - os 10 novos, por exemplo, também devem ser mantidos com R$ 80 mil mensais - seja dobrado.


"É importante destacar também que cada leito gera empregos, já que precisamos contratar mais quatro técnicos de enfermagem para os cuidados. Hoje contamos com 100 colaboradores, que compõem uma equipe multidisciplinar, com enfermeiros, técnicos de radiologia e apoiadores terapêuticos, como fisioterapeutas, nutricionistas, psicólogos, fonoaudiólogos, dentistas e assistentes sociais. Por este atendimento específico e cuidadoso há uma grande procura. Mas para atender a todos plenamente precisamos da readequação de outros tetos a fim de liberarmos leitos", ressaltou Rodrigues.


Fonte:O Diário de Mogi