sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Córrego dos Canudos Primeira fase atrasará três meses

Até agora, segundo secretário, 1.700 metros do córrego já tiveram a calha rebaixada e foram canalizados
Noemia Alves
Da Reportagem Local
Daniel Carvalho

Vereadores vistoriaram as obras de canalização do córrego e fizeram algumas observações; atraso é resultado de imprevistos
A primeira etapa das obras de canalização e urbanização do córrego dos Canudos deverá ser concluída apenas em março de 2012 e não mais em dezembro deste ano, conforme previa a administração municipal. O atraso de mais de três meses na realização dos trabalhos é consequência segundo o secretário municipal de Serviços Urbanos, Nilmar de Cássia Ferreira, de uma conjunção de fatores, como o clima, a remoção de famílias às margens do córrego e serviços que não estavam previstos no início dos trabalhos, como instalação de rede de esgoto e a retirada de postes de energia pela concessionária de energia elétrica. 
Ontem, Ferreira, engenheiros do Consórcio OAS/ EIT (responsável pela obra) e vereadores da Comissão Permanente de Obras e Urbanismo da Câmara Municipal realizaram uma vistoria aos trabalhos, orçados em R$ 44 milhões. Até o momento, segundo informou o secretário municipal, 1.700 metros do córrego já tiveram a calha rebaixada e foram canalizados, o que corresponde a mais de 60% dos 2.800 metros de extensão do leito que precisam passar por obras nesta primeira etapa dos trabalhos, no trecho compreendido entre a avenida Francisco Ferreira Lopes, na rotatória do Spani, e a avenida Japão. 
No início da semana O Mogi News visitou a obra e observou ao menos três grupos de funcionários do consórcio OAS/EIT trabalhando em diferentes frentes para realizar serviços de drenagem e cascalhamento da avenida, em alguns trechos, além da canalização do córrego entre a Vila Cecília e a Vila Municipal. Ontem, já eram quatro frentes de trabalho. 
De acordo com o secretário, já foram implantados 1.340 metros de pista, o que representa mais de 50% do serviço. "Se as obras continuarem nesse ritmo será possível dar início à pavimentação da via Marginal no início do ano que vem", adiantou Nilmar Ferreira. 
Na avaliação dele, a retirada de 180 famílias ribeirinhas ao córrego e a demora na remoção de postes de energia às margens do Canudos foram fatores determinantes para o atraso nos trabalhos. "Nossa meta inicial era dezembro, mas agora estamos planejando março porque estamos na parte mais densamente povoada da região. Então existe todo aquele processo mais lento de remoção de famílias e transferência para outras moradias. Além disso, tivemos algumas chuvas que causaram alguns atrasos e sabemos que teremos outras, mas nada que comprometa o cronograma estabelecido pelo prefeito", ressalta Ferreira. "O problema mesmo é ter de mudar toda a logística de trabalho, com utilização de maquinário e pessoal, só por conta da existência de seis postes de energia. A empreiteira aguarda há quatro meses pela retirada dos postes, um absurdo", completou o vereador Jolindo Rennó Costa (PSDB), presidente da Comissão Permanente. O parlamentar, que estava acompanhado do colega Osvaldo Ferreira, o Osvaldo do Mercado (PP), cita como exemplo um trecho de 200 metros do córrego que não foi retificado em razão dos postes. Rennó prometeu agendar uma reunião com representantes da Bandeirante Energia, concessionária do serviço na cidade, para resolver o impasse. 
Outra preocupação demonstrada pela Comissão de Obras da Câmara é a demora na emissão de licenciamento ambiental pela Cetesb. "Temos informações de que os pedidos para implantação de tubulação para rede de esgoto e até outras etapas estão há meses esperando por um parecer. É uma situação burocrática que também atrapalha", reforçou Rennó. 
Na avaliação do secretário municipal de Serviços, apesar dos imprevistos, o atraso das obras não irá afetar o resultado final. "Mais importante que a velocidade das obras, é a maneira como ela tem sido conduzida, no sentido de causar o mínimo de incômodo possível para as famílias que moram naquela região. E também é preciso por em destaque o fato de que, junto com a canalização, estão sendo feitas as obras de saneamento, então não é uma mera obra de drenagem. É principalmente uma obra de sanemaneto básico, já que estão sendo refeitas todas as ligações de esgoto, todos os coletores de esgoto e tudo o que ia diretamente para o rio hoje já é conduzido para tratamento em Suzano".


Fonte:Mogi News