sábado, 5 de novembro de 2011

Suzano - DIÁRIO DO ALTO TIETÊ

Matéria publicada em 04/11/11
Descarte de terra
Prazo dado pela Cetesb vence e Caravelas esquece de estudo
Levantamento apontaria o volume de terra do Aeroporto de Guarulhos já depositada na área do Jardim Márcia
Cibelli Marthos
Da Redação
Jorge Moraes


Fechado: Sem estudo, terreno não pode receber descarte
A empresa Mineradora Caravelas Ltda., responsável legal pelo terreno localizado na avenida Senador Roberto Simonsen, em Suzano, que estava recebendo terra das obras de ampliação do Aeroporto Internacional de Guarulhos, não entregou o estudo planaltimétrico solicitado pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb). O documento, que apontará o volume de terra já depositada na área, foi solicitado no dia 18 de outubro e o prazo para que fosse apresentado venceu ontem.


Durante reunião realizada no último dia 20 com a Prefeitura de Suzano, o gerente regional da Cetesb, Edson Santos, afirmou à reportagem do DAT que já havia requisitado o plano. "Este estudo apresenta os níveis de material depositado no terreno e a partir disso vamos saber se ainda pode ser despejada mais terra ou se o limite já foi ultrapassado de acordo com as exigências apontadas na licença da Cetesb", explicou.


O empresário José Cardoso Filho, o Zé Cardoso, proprietário da mineradora, afirmou não ter conhecimento sobre a solicitação do órgão estadual, mas reconheceu já ter descartado a quantidade de terra permitida pela Cetesb para o aterro de três cavas. "Eu desconheço esse pedido. Nós fizemos o estudo altimétrico, mas não dependemos mais da Cetesb. Agora é a prefeitura que dirá qual será o nível do bairro para eu saber se temos que elevar o terreno ou não", destacou.


A assessoria de Imprensa da Cetesb voltou a afirmar que técnicos da agência ambiental de Mogi das Cruzes deverão realizar uma vistoria na área nos próximos dias para verificar se paralisaram a disposição de resíduos no local, já que a licença concedida é exclusivamente para a disposição de terra e material inerte, e se a triagem da terra encontrada já foi realizada. O órgão informou que ainda está aguardando a apresentação de estudo planialtimétrico, conforme exigência feita no último dia em 18.


Reparos
Sobre o grande buraco localizado na avenida Brasil por conta do intenso tráfego de caminhões, Zé Cardoso disse não saber se o estrago foi feito por veículos que transportavam a terra do aeroporto. "Passa muito caminhão ali e a estrada tem buraco há tempos", disfarçou. Conforme a reportagem do DAT apurou, as péssimas condições da pista no sentido Poá se devem a circulações dos caminhões que descarregavam no terreno do empresário no início de outubro. "O que posso dizer é que todos os reparos exigidos no TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) serão feitos", acrescentou.

Fonte:Gustavo Ferreira Ferreira