domingo, 6 de novembro de 2011

GM de Mogi fará peças do Cobalt

potencial Marcos Munhoz diz que fábrica de Mogi tem capacidade para produzir peças do novo veículo


Alexandre Barreira


A fábrica da General Motors de Mogi das Cruzes vai produzir peças para o mais novo integrante da família Chevrolet: o Cobalt (se lê com ênfase na primeira sílaba), lançado oficialmente na última sexta-feira, no Campo de Provas de Cruz Alta, em Indaiatuba, no Interior de São Paulo.


Segundo Marcos Munhoz, vice-presidente da General Motors do Brasil, a unidade instalada no Distrito Industrial do Taboão já tem capacidade para fabricar as peças de estamparia do novo modelo global da empresa.


"A fábrica de Mogi das Cruzes passou por duas fases. A primeira, quando foi planejada, é que seria uma unidade que produziria peças para veículos que havia saído de produção. Os chamados ‘descontinuados’. Esta fase aconteceu. Mas Mogi foi se mostrando uma fábrica muito eficiente, com mão de obra comprometida. Ao começarmos a montagem da nova picape Montana, em 2010, nós passamos a produzir na Cidade as peças de estamparia para estes veículos ainda em linha. E isto também acontece com os modelos Cruze, lançado na Alemanha, e agora o Cobalt, ambos carros globais da marca", explicou.


Munhoz descartou, neste momento, qualquer tipo de ampliação da fábrica em Mogi. "Não há planos agora para isso. O que Mogi tem hoje está de bom tamanho. Ela (a fábrica) nos atende de forma satisfatória, tanto para dar suporte às produções em São Caetano do Sul como as de São José dos Campos. Não há, neste momento, nenhum plano de expansão para a unidade de Mogi", definiu.


Atualmente, a fábrica do Taboão conta com 930 funcionários, após contratar 180 colaboradores no final do ano passado, quando deu início à expansão que a credenciou a produzir peças de estamparia para os modelos ainda em linha nas demais fábricas da GM. Para 2012, segundo Munhoz, também não há expectativa de ampliação no quadro de funcionários. "Agora, não há previsão para novas contratações, por enquanto", disse.


A reportagem de O Diário apurou que a ampliação que chegou a ser divulgada tratava-se de melhorias no restaurante disponível para os funcionários. Além disso, consultas a órgãos ambientais são feitos constantemente pela empresa. "É uma política da fábrica", revelou a Assessoria de Imprensa da GM.


Global


O ano de 2012 será o último que terá parte dos R$ 5,3 bilhões de investimentos anunciados pela GM do Brasil para o ciclo de cinco anos (2008-2012). A previsão é de que, no início do próximo ano, haja mais reuniões e tratativas para planejar o novo ciclo de investimentos, que deve abranger os anos de 2013 a 2017.


O vice-presidente da GM do Brasil descartou que este novo ciclo atinja os patamares do primeiro: "O investimento que fizemos até agora contemplou duas partes. A de desenvolvimento de novos produtos e a de aumento de capacidade de produção das fábricas em Mogi das Cruzes, Gravataí, São Caetano e Joinville. Este tipo de investimento, em aumento de capacidade, já acabou. Acredito que neste novo ciclo que terá início em 2013, haverá um direcionamento apenas para o desenvolvimento de novos produtos e o montante será menor do que o ciclo anterior", afirmou.


Fonte:O Diário de Mogi