terça-feira, 11 de outubro de 2011

Saúde Santa Casa: recebe recursos do Estado com três meses de atraso

Verba de R$ 840 mil será usada para custear gastos com material e com a folha de pagamento nas UTIs Neonatais
Cleber Lazo
Da Reportagem Local
Adriano Vaccari

Santa Casa de Mogi receberá os R$ 840 mil em seis parcelas mensais, liberados a partir deste mês; valor será complementado com R$ 60 mil repassados pela Prefeitura
Com quase três meses de atraso, a Secretaria de Estado da Saúde autorizou o repasse de R$ 840 mil à Santa Casa de Misericórdia de Mogi das Cruzes, referente ao Pró-Santa Casa 2. 
O valor, que será entregue à instituição em seis parcelas mensais de R$ 140 mil, liberados a partir deste mês, será utilizado para custear o gasto com o material consumido nas seis Unidades de Tratamen-to Intensivo (UTIs) Neo-natais e, ainda, com a fo-lha de pagamento dos funcionários que trabalham no setor. A quantia é complementada pela administração municipal com R$ 60 mil.


O mesmo montante de recurso é repassado no primeiro semestre do ano, para, igualmente, custear o material e os profissionais das UTIs reservadas aos recém-nascidos. 
Por ser semestral, o repasse deveria ter sido feito em janeiro a primeira parcela e, em julho, a segunda. Apesar de receber a verba para operar com apenas seis leitos, a Santa Casa de Mogi das Cruzes, em períodos de grande movimentação na Maternidade, chega a utilizar os nove lugares reservados a este tipo de atendimento. 
Os três espaços restantes, mesmo com todas as condições estruturais e do corpo de funcionários, ainda não foram regulamentados pelo Ministério da Saúde. A liberação dos leitos é aguardada há quase três anos. Eles já tiveram pareceres favoráveis da Vigilância Sanitária do Estado e de um órgão que representa o governo estadual na Secretaria de Saúde.


A previsão mais otimista é de que eles ganhem o reconhecimento e, automaticamente, passem a receber o repasse para custear as despesas somente no começo de 2012.


O provedor da unida-de, Mário Calderaro, de-talhou que, mesmo sem receber o valor do atendimento, "há casos em que a transferência do bebê para outro hospital é inviável, seja pela gravidade do estado clínico ou pela demora de encontrar uma vaga", o que resulta na utilização da UTI Neonatal não-credenciada. 
"Se atendemos o paciente em um destes leitos, temos de buscar meios financeiros para custeá-lo, caso contrário, o recém-nascido fica à mercê de uma vaga em outro hospital do Estado", detalhou Calderaro.


Os problemas com a demora na liberação das unidades e o balanço do déficit financeiro da Santa Casa serão apresentados durante audiência pública de prestação de contas, que será realizada no próximo dia 25, às 10 horas, na Câmara Municipal.


Fonte:Mogi News