sexta-feira, 14 de outubro de 2011

MCCE: Corrupção no Brasil só vai diminuir se o povo pressionar, diz político

Ex-candidato à Presidência da República, Plínio de Arruda Sampaio participou de encontro promovido pelo MCCE
Cleber Lazo
Da Reportagem Local
Maurício Sumiya

Bispo dom Airton José dos Santos e Plínio de Arruda Sampaio participaram do evento na OAB
"Quando a sociedade civil não se mobiliza, é inútil esperar que os políticos tomem uma atitude contra a corrupção", afirmou o ex-candidato à Presidência da República pelo Psol, Plínio de Arruda Sampaio, durante o evento organizado pelo Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MMCE) de Mogi das Cruzes, na noite de ontem, na sede da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) da cidade. O encontro também contou com a participação do bispo diocesano dom Airton José dos Santos. O líder religioso destacou que a corrupção somente será combatida com "a capacitação da consciência".


Muitos estudantes com os rostos pintados ou usando máscaras compareceram à manifestação. O auditório, que tinha como decoração vassouras verdes e amarelas, estava lotado. A vereadora Odete Sousa (PR) foi a única parlamentar a participar da reunião.


Chamado para subir ao palco, Arruda Sampaio, que também havia pintado o rosto, foi ovacionado. "A corrupção é inerente ao capitalismo. Quando se tem uma pequena minoria que controla toda a economia, a corrupção torna-se uma ferramenta de poder".


"Uma ação como a realizada aqui hoje, em uma cidade caracterizada pela forte discussão a respeito dos problemas de corrupção, devido às pessoas da cidade comprometidas (lembrando os episódios envolvendo o deputado federal mogiano Valdemar Costa Neto, do PR), é um exemplo para o resto do País".


O ex-presidenciável afirmou estar cético sobre a Lei da Ficha Limpa e disse que a impunidade é um dos grandes desafios a serem superados. "O Maluf (deputado federal Paulo Maluf, do PP) continua por aí".
"Eu acredito que a corrupção só vai diminuir, quando o povo estiver pressionando, por isso, a importância deste movimento", disse.





Bispo
"A igreja precisa estar inserida em todas as discussões que afetem o bem-estar da população. Isso é uma exigência do Evangelho. Não somos partidários, mas precisamos estar presentes", afirmou o bispo. 


Fonte:Mogi News