Deize Batinga
Da Reportagem Local
Daniel Carvalho
Jovem se apresentou ontem à polícia ao lado da irmã e teria confessado o crime, ocorrido sexta-feira
Quatro dias após ter sido acusado de matar o avô Gerhard Kaltmaier, de 81 anos, o estudante de Medicina Lothar Gustav Hoehne Kaltmaier, 24, se apresentou no 3° DP, em César de Souza. Ele chegou acompanhado dos pais e da irmã, que devem ser ouvidos amanhã pelo delegado Benedito Henrique Righi Queiroz. Segundo o Mogi News apurou, o neto teria matado o avô por causa de R$ 2 mil.
Lothar chegou à delegacia por volta das 11 horas e apresentava um ferimento na mão esquerda. O depoimento, que foi acompanhado pelo advogado dele, Paulo Passos, e pelo advogado da família Kaltmaier, Marco Soares, durou pouco mais de três horas. Nesse período, o estudante de Medicina teria confessado o crime e revelado que agrediu o avô após ele ter se recusado a lhe entregar R$ 2 mil. "Ele demonstrou muita frieza. Os dois teriam discutido, o avô teria se negado a entregar o valor e, contrariado, ele cometeu o crime", contou Soares.
As perfurações teriam sido feitas com uma faca, que Lothar teria pegado da mesa do avô. Ela não foi apresentada para a polícia, já que ele teria dito que a jogou na estrada depois de deixar o local do crime. "O primeiro golpe desferido contra a vítima foi no pescoço, isso já mostra qual era a intenção dele. É um estudante de Medicina, que estuda para salvar vidas e também sabe como matar. A família toda está desolada. Foi um crime bárbaro, praticado por motivo fútil. Segundo familiares, ele só enxergava o avô como respaldo financeiro", declarou o representante dos Kaltmaier.
Questionado sobre o depoimento do estudante, Passos informou que não poderia falar sobre o assunto porque o juiz Gióia Perini teria decretado o sigilo do processo. Já Soares informou que não tinha sido informado sobre essa condição.
Hoje pela manhã, será a vez dos pais do Lothar, Rubens Kaltmaier e Vivien Rose Hoehne Kaltmaier, e da irmã dele, Moira Hoehne Kaltmaier, prestarem depoimento sobre os fatos. "O que posso dizer é que foi uma tragédia no âmbito familiar. Por se tratar de um crime que envolve uma família, pedi o sigilo do processo", explicou Passos.
O carro usado pelo estudante no dia do crime foi apreendido pela Polícia Civil para perícia. Dentro dele, havia vestígios de sangue.
Fonte:Mogi News