terça-feira, 18 de outubro de 2011

21 dias depois... Bancários retomam atendimento após greve

Na cidade, a decisão de encerrar o protesto, que já durava 21 dias, ocorreu ontem, durante assembleia realizada na sede do sindicato
Cleber Lazo
Da Reportagem Local
Jorge Moraes

Categoria se reuniu novamente e decidiu pelo fim da paralisação. Com isso, serviços voltam ao normal nas agências bancárias
Chega ao fim hoje a mais longa greve dos bancários registrada nos últimos 10 anos. A decisão de encerrar o protesto, que já durava 21 dias, ocorreu na noite de ontem, durante assembleia realizada na sede do sindicato que representa os trabalhadores de Mogi das Cruzes e região. 
A proposta oferecida pela Federação Nacional de Bancos (Fenaban) e aceita pelos grevistas, na sexta-feira da semana passada, prevê reajuste de 9% dos salários, retroativos, a partir de 1º de setembro de 2011, assegurando aumento real pelo oitavo ano consecutivo. Inicialmente, os sindicalistas exigiam 12%. 
Antes de decretar o fim do protesto, foi necessária a realização de assembleias nos sindicatos regionais, o que impossibilitou o funcionamento das agências já nesta segunda-feira, porém, deverão abrir normalmente hoje. Os bancários irão repor o período de paralisação até 15 de dezembro, o que afastou a possibilidade de desconto dos dias parados.


Pelo acordo firmado, a categoria conquistou aumento real de 1,5%. O piso salarial para bancários que exercem função de caixa passa para R$ 1,9 mil, para jornadas de seis horas. Para a função de escriturário, o piso salarial agora é de R$ 1,4 mil. Na Participação dos Lucros e Resultados (PLR), houve aumento da parcela adicional de R$ 1,1 mil para R$ 1,4 mil e do teto da parcela adicional de R$ 2,4 mil para R$ 2,8 mil.


Segundo a Fenaban, os outros benefícios ficam reajustados da seguinte forma: o auxílio refeição sobe para R$19,78 por dia; a cesta alimentação passa a ser de R$ 339,08 por mês, além da 13ª cesta no mesmo valor. O auxílio creche mensal será de R$ 284,85 por filho de até seis anos.


Os trabalhadores também concordaram com a proibição de transporte de numerário por bancários; fazer o monitoramento eletrônico das agências; fim da publicação do ranking individual.




Avaliação
O presidente do Sindicato dos Bancários de Mogi e Região, Francisco Candido, disse que o acordo firmado com a Fenaban "foi uma vitória e reforçará as reivindicações de outras classes de trabalhadores". "Infelizmente, as pessoas que controlam o setor que mais dá lucro no País só valorizam os funcionários quando há manifestações. O objetivo não é fazer greve, mas trata-se de um recurso constitucional que sempre rende os frutos esperados. Parabéns a todos os trabalhadores que se empenharam", destacou. "Nossas greves são organizadas dentro do parâmetro determinado pela lei, para que não haja nenhuma contestação ao Judiciário", salientou Candido.


Fonte:Mogi News