Cleber Lazo
Da Reportagem Local
Daniel Carvalho
Bezerra: "Sugiro não votar"
Os vereadores de Mogi ficaram insatisfeitos com o projeto de lei encaminhado pela Prefeitura que pede autorização da Câmara para leiloar duas áreas municipais, localizadas em César de Souza e na Vila São Francisco. De acordo com os parlamentares, o leilão não traz garantias de novas vagas de emprego ou investimentos para o município. O ideal, segundo eles, seria criar uma lei específica que estabeleça como vencedor da concorrência pública o empresário que apresentar o melhor plano de criação de postos de trabalho e, ainda, que o critério fundamental fosse não apenas quanto eles pagarão, mas quais benefícios irão oferecer à cidade.
Outro questionamento levantado durante a sessão de ontem foi que os terrenos, depois de serem adquiridos poderão ser utilizados, como especulação imobiliária. Os vereadores se mostraram surpresos com o encaminhamento do pedido. Afirmaram que não esperavam receber o projeto, uma vez que o assunto era debatido com a administração municipal. O Mogi News informou na edição de 17 de setembro que a Prefeitura realizaria, até dezembro, um leilão de áreas ociosas para custear a conclusão das obras do hospital de Brás Cubas.
O primeiro a criticar a iniciativa foi o presidente do Legislativo, Mauro Araújo (sem partido). "Sou totalmente contrário. Eu e o Protássio (vereador Protássio Ribeiro Nogueira, do DEM) já apresentamos alternativas para evitar o leilão, mas não tivemos nenhuma resposta", frisou. A maioria dos vereadores criticou o posicionamento da Prefeitura. "Está na hora da Câmara começar a tomar posicionamentos mais independentes. Sugiro para não votarmos esse projeto", criticou Francisco Moacir Bezerra de Melo Filho (PSB), o Chico Bezerra
O valor mínimo dos terrenos indicados na proposta é de R$ 641.921,60 para a área do "Núcleo Vereador Alcides Celestino Filho", em César, e de R$ 2.659.264,37 para o espaço na Vila São Francisco. A proposta foi encaminhada para as comissões permanentes.
Fonte:Mogi News
