quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Comphap discute tombamentos

Histórico Casarão da Rua Dr. Ricardo Vilela, no Centro, consta no levantamento de prédios do Centro Histórico que esperam tombamento


Mariana Leal

Levantamentos realizados pela Secretaria Municipal de Finanças apontam 1.681 imóveis existentes no Centro Histórico que podem passar pelo processo de tombamento. No entanto, de acordo com o presidente do Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural, Artístico e Paisagístico de Mogi das Cruzes (Comphap) e também secretário municipal de Planejamento e Urbanismo, João Francisco Chavedar, somente 350 imóveis demonstraram interesse pelo procedimento, mas isso não significa que o restante pode ser demolido ou modificado ao interesse do dono. Esta é uma das discussões que os conselheiros terão pela frente, a fim de organizar as questões pendentes das últimas gestões, dando sequência a processos já iniciados (leia mais nesta página) para então começar outros.


A primeira reunião do grupo aconteceu na manhã de ontem e foi pautada por dúvidas, principalmente por parte do presidente. A principal foi o desconhecimento dos prédios que compreendem o Centro histórico, já que parte dos conselheiros não atua na Arquitetura em áreas correlatas. "Por isso, agendamos uma reunião extra para o dia 15 de outubro (das 9 às 12 horas), a fim de sermos apresentarmos a estas construções, com direito a power point e visitas in loco", define Chavedar.


Outra discussão foi a definição de atribuições do Comphap, que precisa dar andamento às atividades, mas para isso depende de outras secretarias, mais diretamente da de Cultura. "Somos um grupo que decide pelo tombamento ou não, analisando os processos que já devem ter pareceres de outros departamentos, como os inventários que precisam ser elaborados pela Secretaria de Cultura. Mais um ponto é a emissão de certidão de diretrizes dos imóveis, que consta no nosso site que fazemos, mas não é de nossa incumbência, pois cabe ao Executivo. Isso já estamos resolvendo", afirma.


A criação de câmaras temáticas também foi discutida. A ideia de Chavedar é não limitar o Comphap a atividades relacionadas somente a edificações, mas sim incluir temas como artes e cultura popular. Para tanto, grupos específicos de trabalho que assessorem a Secretaria de Cultura no preenchimento de programas, seriam bem vindos. "Na próxima reunião ordinária, agendada para o dia 8 de novembro, cada conselheiro trará um assunto que considere importante representarmos e o discutiremos. O grupo servirá, acima de tudo, para ajudar na captação de recursos, seja junto ao setor público ou privado. Uma conta para a captação de recursos já está aberta", diz.


Fonte:O Diário de Mogi