terça-feira, 9 de agosto de 2011

Trânsito Frequência de acidentes na avenida Japão é preocupante


Moradores e os comerciantes afirmam que as colisões são frequentes em vários trechos
Luana Nogueira
Da Reportagem Local
Adriano Vaccari

Avenida Japão está sendo recuperada em toda a extensão e, com as obras, deverá se tornar mais segura. Para moradores das imediações, risco de acidentes é grande
Em menos de 24 horas, três acidentes ocorreram na avenida Japão, que está passando por trabalhos de melhorias em sua extensão. Os moradores e os comerciantes afirmam que as colisões são frequentes em vários trechos. Eles acham que a sinalização deveria ser reforçada enquanto houver obras. Os serviços devem terminar no fim deste mês. Excesso de velocidade por parte dos motoristas também é um problema.


O primeiro acidente ocorreu na tarde da última sexta-feira na altura da chamada curva da morte, Jardim Lair. O padeiro Edilson Oliveira Albuquerque, de 42 anos, ficou gravemente ferido após a colisão com um caminhão betoneira, que realizava serviços de concretagem no local. "A motocicleta, que seguia no sentido centro, bateu no caminhão, que estava jogando concreto para fazer a calçada do local. Existia toda a sinalização necessária na hora em que o acidente ocorreu", declarou o secretário de Serviços Urbanos, Nilmar de Cássia Ferreira. O secretário esclareceu que a sinalização no decorrer de toda da avenida é feita de forma intensa. "A avenida conta com a sinalização de advertência das obras. Como a reforma que está sendo realizada na via é grande, bem como o volume de veículos e de pedestres, pedimos a atenção de quem transita pela área", destacou. Ele afirma que, nesse caso, o acidente não teve influência com a sinalização da avenida. "A via tem que ser diariamente monitorada e a atenção no ponto de intervenção deve ser grande", declarou.


Os dois outros acidentes foram registrados no sábado. O primeiro ocorreu por volta das 9h30, com uma colisão entre dois veículos na altura da rua Unicor, na Vila Brasileira. O ajudante Éderson Rodrigues Salomão, 27, teve escoriações leves. O aposentado João Rodrigues de Oliveira, 63, acredita que falta atenção dos motoristas no local. "Por causa das obras, os motoristas têm que tomar cuidado e também respeitar os pedestres", ressaltou. O terceiro acidente foi registrado na altura do número 3.975 da avenida Japão, no Jardim Esperança. Nesse caso, duas estudantes foram atropeladas e tiveram ferimentos leves. "Nesse trecho, passam muitas crianças e está faltando sinalização", relatou o aposentado Edivaldo Andrade de Oliveira, 53. 


Mais transtornos
As obras na avenida Japão estão trazendo diversos transtornos para os moradores da via, que é uma das mais extensas da cidade. Falta de sinalização, serviços não concluídos e diversos desníveis em alguns pontos causam insatisfação e preocupação às pessoas que moram por perto ou que utilizam a via diariamente.


Os moradores da avenida Japão na altura do número 829 reclamam de uma série de desníveis: "Eles não terminaram de recapear. Depois que a obra já tinha começado, foi preciso quebrar a rua por causa da tubulação de esgoto. Nesse período, teve muita poeira. Esse trecho está muito perigoso porque existia uma lombada que foi retirada e os carros estão passando em alta velocidade", afirmou Ademir dos Reis Rocha, de 57 anos, zelador de um prédio próximo ao local.


Em diversos cruzamentos da avenida existe falha no asfalto, o que atrapalha o fluxo de veículos. Esse problema é registrado na intersecção da via com a rua José Cury Andere, no Alto do Ipiranga. "Voltaram as aulas. Aqui são duas escolas e as crianças correm o risco de atravessar porque não existe sinalização. Não fizeram a faixa de pedestres e retiraram a lombada", contou o engenheiro de vendas William Melo, 33.


Alguns cruzamentos da avenida tiveram que ser interditados por causa da execução das obras. "Ficamos duas semanas com a rua bloqueada. Foram colocados apenas cones na entrada da rua. Não existia nenhuma placa indicando as obras. Então muitas pessoas vinham até o final e tinham que retornar. Ficava uma grande confusão. Agora que eles retiraram os obstáculos", disse o comerciante Humberto Torres Domingues, 33, morador da rua Francelino Rodrigues.


Próximo da entrada do bairro Jardim Aeroporto, os motoristas se deparam com diversos desníveis na pista. A calçada também está em condições precárias e falta sinalização adequada. O secretário Nilmar de Cássia Ferreira disse que os transtornos aos moradores devem acabar no fim de agosto, com o término das obras, que estão avaliadas em R$ 2,5 milhões. 
"Os asfalto está na camada de regularização. Esse é um processo de reforma e cada trecho está em uma situação diferente. Falta colocar a capa de asfalto final que acabará com os desníveis", esclareceu. Ele afirmou ainda que os problemas nos cruzamentos são causados pela obras das sarjetas para escoamento de água. Sobre a falta de sinalização, Ferreira contou que a pintura deve ser feita ao final das obras. "As calçadas que forem de terrenos municipais serão reparadas, bem como as de propriedades particulares, que forem afetadas pela obras", explicou.


Fonte:Mogi News