terça-feira, 9 de agosto de 2011

Água pode ter sistema pré-pago



Para evitar o desperdício de água e a inadimplência, a implementação de uma ideia já em prática em municípios do Tocantins e Goiás é defendida pelo vereador Osvaldo Ferreira dos Santos (PPS). Nestes outros Estados, o abastecimento é pré-pago e funciona como no sistema de telefonia celular, levando o usuário a economizar o produto e a pagar adiantado por ele. No último dia 5, ele enviou um requerimento à Prefeitura de Mogi das Cruzes questionando se havia estudos para a implantação deste tipo de serviço na Cidade.


"Colhemos informações de que funcionaria da seguinte maneira: a pessoa compraria água por metro cúbico, que equivale a 1 mil litros. Quando observasse que a quantidade comprada estivesse quase no fim, compraria um cartão com um código a ser digitado no aparelho para liberar mais dois metros cúbicos do produto. Dados do Semae (Serviço Municipal de Águas e Esgotos) apontam que uma pessoa utiliza por mês de cinco a sete metros cúbicos de água e, além destes dados, o consumidor poderia fazer cálculos baseados em suas contas. Mas caso o abastecimento fosse insuficiente, não seria necessário esperar o fim do mês para adquirir mais", explica o parlamentar.


O Semae diz que a ideia precisa ser analisada de forma cuidadosa, pois implica em mudanças significativas, tanto do ponto de vista da medição do consumo, como do próprio dia a dia da população. Este método prevê a instalação de válvulas individuais nos hidrômetros, responsáveis pelo corte de água assim que o consumo pré-estabelecido for superado. Cada válvula deste tipo tem custo estimado em R$ 400,00.


Além disso, a autarquia ressalta que é preciso levar em conta que o método exigirá dos cidadãos um controle bem maior do volume consumido, uma vez que qualquer excesso significará a interrupção do fornecimento de forma automática.


Ainda segundo o Semae, o índice de inadimplência mensal é baixo e, para tentar reduzir este percentual, a autarquia investe na orientação aos consumidores e, nos casos de atraso de pagamento, em medidas de renegociação. As contas de água trazem registros sobre eventuais débitos em meses anteriores e há a possibilidade de negociação de dívidas do próprio ano fiscal. Antes, esta possibilidade só atingia os valores de dívida ativa.


Na prática, se o cidadão deixar de pagar a conta de água em determinado mês do ano, receberá o aviso e, se mesmo assim não efetuar o pagamento, poderá renegociar este valor em parcelas que variam conforme o valor do débito.


Atualmente, o Semae trata cerca de 650 litros por segundo de água, além de adquirir 500 litros por segundo da Sabesp, beneficiando 97,5% da população, com cerca de 90 mil ligações domiciliares.


Fonte:ODiário de Mogi