quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Chavedar assumirá o Comphap



Trabalho Comphap cuida atualmente de processos de tombamento de 19 imóveis históricos da Cidade
O secretário municipal de Planejamento e Urbanismo de Mogi das Cruzes, João Francisco Chavedar, assume agora mais uma função na Cidade: a de presidente do Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Paisagístico (Comphap) para o biênio 2011-2013. Formado em Arquitetura, professor da Universidade Braz Cubas (UBC) e à frente da Pasta desde 2001, o secretário venceu por sete votos, por meio de eleição realizada na manhã de ontem, contando com a participação dos 22 conselheiros titulares.


Procurado pela reportagem de O Diário, o secretário não foi encontrado para comentar sua eleição. Segundo a Coordenadoria de Comunicação Social da Prefeitura, ele está afastado por licença médica. Para o vice-presidente eleito pelo Comphap, o arquiteto Paulo Pinhal, pesou na escolha o fato de Chavedar ter sido o responsável pela implantação do Plano Diretor do Município. Isso porque, conforme explica Pinhal, que é presidente do Colégio de Arquitetos de Mogi e que, dentro do Conselho, representa a Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Mogi das Cruzes (AEAMC), um dos pontos principais da nova gestão será a Permuta de Potencial Construída - projeto que precisa ser incluso no Plano Diretor e que pode garantir recursos financeiros para a manutenção de construções históricas tombadas.


"Se eu tenho uma casa com 100 metros quadrados construídos em um terreno de 500 metros quadrados e o imóvel for tombado, não posso construir nesta área maior. Já com a Permuta de Potencial Construído é possível, por meio de escrituras públicas, vender a área restante para que outra pessoa possa construir. Torna-se um negócio, que ajuda os prédios históricos a se manterem e fazerem o restauro", explica o arquiteto. A proposta foi apresentada por Chavedar, motivando sua eleição.


"A defesa do patrimônio é minha preocupação acima de tudo. Acredito que será uma boa gestão e, apesar de não ter ganho, me sinto à vontade para cobrar muitas coisas e estou satisfeito com a vice presidência", afirma Pinhal que, mesmo sendo arquiteto, pretende valorizar em seu trabalho não só as construções e monumentos históricos, mas também o patrimônio imaterial, como demais artes e manifestações.


Trabalho
O Comphap cuida, atualmente, dos processos de tombamento de 19 imóveis históricos da Cidade (já há cinco tombados) e da inscrição no Livro de Registro de Bens Imateriais. Além disso, caberá aos novos conselheiros viabilizar intervenções junto à iniciativa privada para recuperação e preservação de dois destes prédios: o da Corporação Santa Cecília e o da Estação de Sabaúna.


Fonte:O Diário de Mogi