quinta-feira, 9 de junho de 2011

Rei na barriga

Divulgação

"O governo Dilma Rousseff tem de fazer uma cesariana para tirar o rei da barriga". Eis a frase proferida pelo senador Magno Malta, do PR de Valdemar Costa Neto, para pressionar o Planalto diante da crise que resultou na demissão de Antonio Palocci, anteontem. 

Aperta e puxa
O PR, um dos partidos mais importantes da base aliada, assim como o PMDB, o PDT e o próprio PT "espanaram" na tarefa de chantagear Dilma para que se evitasse a entrega da cabeça de Palocci à oposição, obtendo em troca cargos, liberações de verbas e obras. Com uma articulação política destroçada, Palocci ficou sem cabeça e sem cargo.
Reminiscências 
Quanto a Magno Malta, Mogi das Cruzes já o conhece: ele esteve aqui em 2004, a pedido de Costa Neto, para se apresentar como cantor gospel e promover a campanha do então candidato do PL à Prefeitura, o deputado estadual Luiz Carlos Gondim Teixeira, que era, naquele momento, o preferido de Boy.


O anti-Palocci 
      Adriano Vaccari/ Divulgação
Há uma queixa nos altos escalões da Prefeitura, a de que o engenheiro José Roberto Kachel, que, durante algum tempo, foi consultor do Semae, fez o contrário da cartilha recomendada por Palocci. Se o ex-ministro sucumbiu por se negar a divulgar detalhes de seus contratos milionários de consultoria com a iniciativa privada, Kachel abriu o leque em detalhes de assuntos eticamente sigilosos da esfera pública. 


Dono da bola
"
Contratado para levantar problemas e apontar soluções para as intrincadas situações operacionais do Semae, Kachel foi embora levando a caixa preta e contando para todo mundo qual era o seu teor. Isso não se faz", afirmou uma alta autoridade, que se disse decepcionada com as atitudes de Kachel, segundo ele, "um Mister M sem muito talento".


Enigma
Coisa esquisita o convênio aprovado anteontem pela Câmara "para cooperação técnica e/ou científica, com vistas ao desenvolvimento de ações conjuntas, voltadas ao processo de apoio à gestão municipal em saúde". Primeiro: autoriza o município a firmar contrato com alguém a ser definido. Depois, fala de uma lei cujo número ainda precisa ser preenchido e deixa no pontilhado as lacunas da contratada, uma pessoa inexistente e indeterminada.


Em confiança
Para finalizar, a data de assinatura do convênio também é indeterminada. Seguem a assinatura do prefeito Marco Bertaiolli, um espaço para que o secretário de Saúde Paulo Villas Bôas de Carvalho assine, assim como duas testemunhas confirmem o teor do instrumento, o diretor-adjunto de Administração, José Maria Coelho, e o chefe de Governo, Luiz Sérgio Marrano. 
Por incrível que pareça, mesmo com tantas lacunas, a Câmara aprovou o tal convênio. Ninguém sabe ao certo para que, para quem, qual o montante a ser negociado, nem o prazo de vigência. Um cheque em branco. Alguém pode explicar?

Junji em destaque
A Agência Câmara de Notícias deu destaque esta semana para o projeto de lei do deputado federal Junji Abe que prevê pena de detenção para quem desrespeitar advogados no exercício da profissão.

Massacrados
"O que se tem visto é o verdadeiro massacre da classe dos advogados, exposta a atitudes pouco dignas, quando não à sanha enfurecida de funcionários autoritários", diz Junji.


Saúde exportada
A matéria sobre o cruzamento de informações do atendimento do Sistema Integrado de Saúde de Mogi, que tem ajudado na apuração de casos de violência contra crianças, apresentado pelo Jornal Nacional de segunda-feira, repercutiu tanto que duas cidades (Florianópolis e Piracicaba) já solicitaram o agendamento de visitas ao secretário-adjunto de Saúde, Marcelo Cusatis, para que possam conhecer de perto o funcionamento da tecnologia que se coloca, há alguns meses, a serviço da Justiça.

Tiririca mogiano


                             Amilson Ribeiro
O Palhaço Bubu deve se filiar ao PR nos próximos meses sob a promessa de que terá um tratamento de Tiririca na campanha a vereador. Bem votado nas duas últimas eleições, Bubu vê em Tiririca um exemplo a ser seguido para obter sucesso em sua carreira de político palhaço. Inserções televisivas semelhantes àquelas que deram um mundaréu de votos ao palhaço nacional seriam adaptadas ao palhaço local. Precisará somente combinar com os russos, quer dizer, com a plateia, ou melhor, com o eleitorado.

Fonte:Mogi News