sexta-feira, 6 de maio de 2011

Areia no Lixão: Audiência poderá ser cancelada

Areia no Lixão
Audiência poderá ser cancelada
Cleber Lazo
Da Reportagem Local
O advogado Marco Soares Junior, presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Mogi das Cruzes, acredita que o fechamento do "boxe do Lixão", no Mogi Plaza, poderá cancelar a audiência pública marcada para 21 de junho, que discutirá a construção de um aterro sanitário no distrito do Taboão.

Soares Junior destacou que a Queiroz Galvão, empresa interessada em consolidar o empreendimento, tem o prazo até 1º de junho para cumprir as etapas determinadas pelo Conselho Estadual do Meio Ambiente (Consema). Entre as exigências estão: a publicação de um edital informando o local de exposição do Estudo e Relatório de Impacto Ambiental do projeto (EIA/Rima) e, consequentemente, a apresentação pública do documento por pelo menos 20 dias antes da audiência. "Ela já teve um prejuízo considerável e perderá o prazo caso não consiga encontrar um local adequado em tempo", destacou o presidente da OAB.

Na tarde de ontem, fiscais da Prefeitura foram até o boxe onde estava exposto o EIA/Rima e fecharam o local por falta de alvará. A interrupção das atividades ocorreu um dia após o prefeito Marco Bertaiolli (DEM) ter encaminhado um ofício ao presidente do União Futebol Clube, Cícero Buark, proprietário do boxe. No ofício, Bertaiolli pedia que o espaço não fosse mais cedido pelo clube para satisfazer os interesses da construtora, que há anos tenta construir um aterro no Taboão.

Apesar da pressão da Prefeitura em tentar impedir a realização da audiência, o secretário municipal de Segurança, Eli Nepomuceno, garantiu que o fechamento do boxe ocorreu durante uma fiscalização de rotina.

O mesmo ofício também foi destinado ao presidente da Associação Cultural de Mogi das Cruzes (Bunkyo), Kioji Nakayma. O Bunkyo, no bairro da Porteira Preta, será palco da audiência pública.


Ações
A administração municipal desenvolve uma série de trabalhos para brecar as intenções da Queiroz Galvão. Entre elas está a contração da empresa Falcão Bauer. A proposta é elaborar um contra-EIA/Rima, inviabilizando tecnicamente a construção de um aterro no Taboão. O documento deverá estar finalizado até 20 de junho.

Fonte:Mogi News