Terremoto tucano
A crise no PSDB paulistano balança as pilastras do PSDB mogiano. Prova disso é que um de seus fundadores, filiado ao partido desde seus tenros 17 anos de idade, em 1989, depois de ter comandado um sem-número de campanhas eleitorais de todos os níveis e sido presidente da legenda, André Luiz Moreira França, anunciou ontem à coluna estar de malas prontas para bater asas do ninho tucano.
A crise no PSDB paulistano balança as pilastras do PSDB mogiano. Prova disso é que um de seus fundadores, filiado ao partido desde seus tenros 17 anos de idade, em 1989, depois de ter comandado um sem-número de campanhas eleitorais de todos os níveis e sido presidente da legenda, André Luiz Moreira França, anunciou ontem à coluna estar de malas prontas para bater asas do ninho tucano.
Daniel Carvalho/ Divulgação
Reminiscências
André França, ao lado de Egberto Malta Moreira e Aécio Yamada, fundou o primeiro diretório municipal tucano na cidade, sediado na avenida Narciso Yague, pouco antes da eleição presidencial que elegeu Fernando Collor de Mello em dois turnos e que tinha como candidato do PSDB o então senador Mario Covas.
Rumo ao socialismo
França, que articulou a candidatura de Malta Moreira à Prefeitura, em 1992; uma coligação em torno da primeira candidatura de Chico Bezerra contra Waldemar Costa Filho, em 1996; filiou três anos depois Junji Abe e colocou seus conhecimentos de tucano histórico para viabilizar o status de Junji como candidato do governador Covas ao Executivo, em 2000; e permaneceu oito anos no poder mogiano, vai agora filiar-se ao PSB, com a missão de estruturar a chapa proporcional dos socialistas em torno da reeleição de Chico na Câmara.
Escanteio
França, aos moldes do que fizeram vereadores paulistanos, alega que não foi tratado com o devido respeito desde que o comando do partido na cidade trocou de mãos e passou aos domínios do hoje vice-prefeito José Antonio Cuco Pereira, mais detalhadamente após as eleições de 2008. "O PSDB de Mogi virou as costas para mim", queixa-se.
Divulgação
Porteira aberta
A máxima proferida por tucanos ligados ao governador Geraldo Alckmin de que "a porta de entrada é a mesma da saída", numa provocação aos dissidentes, desagrada França, que vê na falta da disposição para dialogar a causa da fuga em massa de tucanos. França acha que isso serve de lição para Mogi, onde o tucanato deverá, segundo ele, ter sérias dificuldades nas eleições do ano que vem.
Daniel Carvalho/ Maurício Sumiya
No escuro
A frase "o último que sair do partido, que apague a luz", embora não proferida por França à coluna, poderia perfeitamente ter sido dita. Sem o presidente da Câmara, Mauro Araújo, que deverá deixar a legenda em breve, e as saídas de ex-candidatos a vereador bem votados em 2008, como Felício Kamiyama, Cláudio Miyake e Doutora Geane, comprovariam a tese de esvaziamento. Seriam em torno de 15 mil votos perdidos para a legenda, conforme cálculos do ex-presidente tucano.
Coração partido
França, pioneiro na articulação do PSDB em Mogi, disse que sai com o coração partido. Acha que fez muito pelos tucanos locais e não teve qualquer recíproca. Promete colocar toda sua experiência a serviço do PSB e de Chico Bezerra.
Geraldão vice
O presidente municipal do PSDB, vereador Geraldo Tomás Augusto, o "Geraldão", já trabalha nos bastidores para ser uma espécie de Michel Temer mogiano e abocanhar a vaga de vice-prefeito na chapa de reeleição do prefeito Marco Bertaiolli.
Forças do além
Com elevado cacife em razão do tempo de TV do partido, Geraldão, cujo perfil é de conciliador, poderia dar um forte aporte popular, notadamente em Brás Cubas, para Bertaiolli, além de atrair fatia considerável do eleitorado católico, dada sua proximidade com padres e, principalmente, com o bispo dom Airton José dos Santos. É esperar para ver.
Maurício Sumiya
Charuto de volta
O advogado José Carlos de Souza, o Charutinho, volta a bater na tecla das multas irregulares emitidas pelo radar dedo-duro da rodovia Mogi-Bertioga (SP-98). Para ele, a chave da questão está no fato de que placas que estavam fixadas nas proximidades e que previam velocidade máxima de 60 km/h teriam sido retiradas, na calada da noite, no dia 20 de dezembro, logo depois das primeiras mobilizações populares.
Na origem
Charutinho acha que é o caso de se solicitar formalmente informações sobre a ordem de serviço expedida pelo Departamento de Estradas de Rodagem, que permitiram, administrativamente, a retirada da sinalização.
BBB-11
O advogado vai além e diz que o equipamento instalado recentemente no local para substituir o aparelho que acabou "atropelado" filma tudo o que passa pela frente, "até pensamento", segundo ele.
Fonte:Mogi News
