quarta-feira, 27 de abril de 2011

Repercute Grupo contrário ao lixão da Queiroz Galvão analisa explosão em Itaquá

Repercute
Grupo contrário ao lixão da Queiroz Galvão analisa explosão em Itaquá
Lideranças de Mogi das Cruzes afirmam que a tragédia é prova de que a vinda de um aterro só trará problemas
Guilherme Peace
Da Reportagem Local
Guilherme Berti

Soares: "Modelo ultrapassado"
Após a explosão e deslizamento de toneladas de lixo ocorrida nesta segunda-feira, em Itaquá, os integrantes do movimento de combate à instalação do aterro sanitário da Queiroz Galvão em Mogi aproveitaram para reiterar a manifestação. Para eles, o acidente é uma prova de que a vinda de um aterro para a cidade só pode ter consequências negativas.
Segundo o presidente da Associação Guerrilheiros do Itapeti, Mário Berti, a solução para o problema do descarte de resíduos sólidos está na busca por novas tecnologias. "Países desenvolvidos já utilizam tecnologias mais avançadas em usinas que reaproveitam a maior parte do lixo em um trabalho de reciclagem, além de sua queima segura para a obtenção de energia", afirma Berti. "Trata-se de um processo limpo, regularizado, que só beneficiaria a população e o meio ambiente".


O líder da Associação dos Moradores e Produtores do Itapeti, Silvio Marques, afirma que problemas parecidos já ocorreram em outros aterros sanitários do Estado, e que o exemplo de Itaquá serve para provar a ideia que o grupo defende. "Queremos que a cidade implante uma técnica de redução dos resíduos sólidos, além da educação ambiental, da reciclagem e do tratamento do lixo", disse Marques.
Para o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Mogi das Cruzes, Marco Soares Junior, este episódio retrata fielmente o modelo de aterro sanitário ultrapassado justamente pelo perigo deste tipo de empreendimento. "É um impacto ambiental de tamanha gravidade que as alternativas para o descarte do lixo devem ser repensadas com urgência", disse Soares. "Este aterro deveria ser analisado e fechado permanentemente, pois já mostrou a impossibilidade de sua recuperação e a falta de compromisso com o meio ambiente".
O vereador e presidente da Câmara de Mogi das Cruzes e da Associação das Câmaras do Alto Tietê (Acat), Mauro Araújo (PSDB), também expressou sua opinião negativa sobre o assunto. "Este aterro já está fazendo hora extra", disse o vereador. "Devemos ouvir a população mogiana para saber o que as pessoas pensam sobre o assunto do lixo na cidade". Araújo disse que uma das soluções é levar o lixo de Mogi das Cruzes para o aterro de Caieiras, o que geraria um gasto anual de aproximadamente R$ 5 milhões. "Se esta for a melhor solução, deveremos analisar de onde virá o dinheiro, que pode sair da Educação ou da Saúde".

Fonte:Mogi News