quarta-feira, 27 de abril de 2011

Incendiário


Márcio Siqueira
Divulgação


Incendiário
"O (Geraldo) Alckmin quer apagar incêndio jogando gasolina no fogo". Eis a frase de impacto proferida por um tucano mogiano, que pediu para não ser identificado e que se diz revoltado com a crise que tomou conta do partido nos últimos dias. A última "explosão" no ninho tucano ocorreu anteontem, com a saída anunciada de Walter Feldman, um dos fundadores da legenda, que saiu atirando no governador.


Impotente
"O Alckmin deu uma amostra de seu despreparo diante de crises políticas em 2006, quando pegou um partido dividido, na disputa pela Presidência da República, e acabou engolido por Lula no segundo turno. Hoje, diante dos movimentos do (Gilberto) Kassab, ele simplesmente carrega a crise do DEM para dentro do PSDB e se mostra impotente e sem liderança para reagir", completa o tucano mogiano, hoje declaradamente depenado.




Laços com Mogi
Feldman, por sua vez, surgiu na política como vereador de São Paulo, um dos principais opositores do então prefeito Jânio Quadros, entre 1986 e 1988. Fundou o PSDB ao lado de Mario Covas, Franco Montoro e José Serra, em 1988, elegeu-se deputado federal e estadual, foi presidente da Assembleia Legislativa e chefe da Casa Civil, locais onde teve estreito contato com os mogianos Junji Abe e Luiz Carlos Gondim Teixeira.
Divulgação


Caça-fantasmas
O radar dedo-duro voltou a operar a toda no feriadão de Páscoa. O Mogi News deu em primeira mão na edição de sexta-feira. Os veículos com documentação irregular recolhidos pela Polícia Rodoviária bateram a casa dos 67. Conheça bem de perto o palm top que levanta as fichas dos carros que passam, para que um policial os retenha logo depois, menos de um quilômetro à frente.
Maurício Sumiya


Uma velha história
A explosão, até agora mal explicada da montanha de lixo, ocorrida anteontem no aterro da Pajoan, remonta de novo a 2000, quando evento semelhante e malcheiroso ocorreu. A chave para a transformação do Cipas, um consórcio de prefeitos amigos da Pajoan, em aterro puro da própria empreiteira, deu-se com a senha da explosão, da ameaça de fechamento que, de fato, definitivamente nunca foi feita, e da retirada da pré-candidatura à Prefeitura de Suzano de um dos proprietários do aterro, o empresário José Augusto Cardoso.


Voo abortado
Cardoso, que deve ter ficado satisfeito com a decisão do Estado, à época governada por Mario Covas, teria ficado frustrado com a retirada de sua candidatura, determinada pelo tucanato. Meses depois, o empresário acenou com investimentos pesados na campanha de Chico Bezerra à Prefeitura, o maior adversário do então tucano Junji Abe, mas acabou tendo de arremeter, deixando Chico quase sem financiamento para a reta final da campanha. No passar da régua, o aterro era mais importante para Cardoso do que seu projeto de influência política.




Trajetória
Em 2004, numa calmaria na maré do aterro, Cardoso tentou a Prefeitura de Suzano, mas, mesmo com uma campanha bem montada, perdeu para Marcelo Candido (PT). Quatro anos depois, em 2008, o dono da Pajoan arriscou de novo ser candidato, mas acabou tendo de negociar a vaga de vice na chapa de Estevam Galvão de Oliveira, que, segundo análises de políticos suzanenses, teria perdido a eleição em razão da elevada rejeição da Pajoan.
Reprodução


Borenstein no Valor
A edição de ontem do jornal Valor Econômico traz na capa os empresários mogianos Henrique e Henry Borenstein. Sob o título "Helbor carrega a herança dos Borenstein", a chamada remete para o quartel-general da Helbor Empreendimentos, localizado a 61 km da capital, exatamente em Mogi, e ressalta para a estrutura enxuta da incorporadora.


Evolução
A matéria fala de Hélio Borenstein, pai de Henrique e avô de Henry, que chegou ao Brasil em 1917, vindo da Ucrânia, fala da trajetória de Henrique que, depois de ter elevada participação no BCN, é hoje um dos maiores acionistas individuais do Bradesco.




Onde tudo começou
Há a citação da sede da Helbor, que durante anos foi a casa dos Borenstein, e hoje serve de porto seguro para investimentos de vulto nacional. O que a matéria do Valor não fala é que foi em razão de divergências políticas e administrativas de Henrique com o então prefeito Junji Abe, entre os anos de 2001 e 2008, que a Helbor passou a investir Brasil adentro, expandindo em muitas vezes seus negócios imobiliários.
Fonte:Mogi News