sexta-feira, 22 de abril de 2011

Dilma cita sua luta contra a ditadura ao ser homenageada em Minas Gerais

Dilma cita sua luta contra a ditadura ao ser homenageada em Minas Gerais

 

Ao lado do tucano Anastasia, presidente afirma que quem \"sofreu na pele\" efeitos da falta de liberdade sabe dar valor à democracia

21 de abril de 2011 | 23h 00

Eduardo Kattah - ENVIADO ESPECIAL / OURO PRETO
OURO PRETO - Em uma cerimônia que não contou com a presença do senador Aécio Neves (PSDB), o governador de Minas, Antonio Anastasia (PSDB), condecorou ontem, em Ouro Preto (MG), a presidente Dilma Rousseff, ministros e autoridades petistas. Oradora oficial da tradicional solenidade de entrega da Medalha da Inconfidência, Dilma foi agraciada com o Grande Colar, maior comenda do Estado.


Roberto Stuckert Filho/PR

Acompanhada de Anastasia, Dilma observa sepultamento de restos mortais de três inconfidentes
Ao presidir o evento pela primeira vez como governador eleito, Anastasia promoveu uma cerimônia mais sóbria, se comparada às verdadeiras superproduções durante a gestão Aécio. O governador tucano repetiu o gesto de seu antecessor, que em 2003 convidou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para ser o orador oficial da solenidade.
Porém, o contrário daquele ano, quando manifestantes protagonizaram o evento, ontem (Tiradentes), a cerimônia transcorreu em clima de tranquilidade, sem faixas ou protestos. Apenas Anastasia contou com uma pequena claque organizada. Sindicatos, que costumam seguir em caravanas para a cidade histórica, alegaram que a desmobilização ocorreu em razão do forte aparato policial que nos últimos anos impedia manifestações na Praça Tiradentes.
Em seu discurso, Dilma evitou temas políticos, mas utilizou a data histórica para relembrar seu passado de luta contra a ditadura militar (1964-1985), quando foi presa e torturada. "Os brasileiros e brasileiras que como eu sofreram na pele os efeitos da privação da liberdade sabem o quanto a democracia institucional faz falta quando desaparece", afirmou Dilma.
Na quinta-feira passada, em uma festa do Exército, a presidente evitou falar sobre o tema ditadura, Ontem, Ela voltou a vincular a prosperidade do País à erradicação da miséria erradicação da miséria e disse que o Brasil está conquistando um novo grau de amadurecimento da consciência cívica em um ambiente de crescente liberdade". A presidente citou Tancredo Neves, morto em 1985: "Outro mineiro amado nacionalmente". E também o ex-presidente Lula para dizer que "o resgate (dos brasileiros) da pobreza equivale também a uma verdadeira emancipação política."
Fonte:O Estado de S.Paulo