sexta-feira, 22 de abril de 2011

Antigo casarão abrigará centro cultural

Antigo casarão abrigará centro cultural 

PROPOSTA Zeti Muniz, um dos fundadores do grupo O Frontispício, está à frente da transformação de casarão histórico em centro cultural

A população mogiana ganhará, nos próximos 30 dias, mais um espaço destinado às manifestações artísticas. O novo centro cultural, que será batizado como "Dona Mariquinha", funcionará no antigo casarão da esquina das ruas Dr. Ricardo Vilela e Alfredo Cardoso, em frente ao Largo Bom Jesus. O grupo de artes plásticas O Frontispício e o herdeiro do imóvel, João Benedito de Souza Mello Camargo, são os responsáveis pelo projeto.
O nome do centro é uma homenagem à professora Maria de Souza Mello Camargo, conhecida como "Dona Mariquinha", antiga proprietária do local, e mãe de João Benedito. O espaço já foi residência da família Camargo e abrigou alguns pontos comerciais nas primeiras décadas do século 20, como um armazém de secos e molhados e, posteriormente, uma farmácia.
Tombado em 2010 como Patrimônio Histórico Municipal, o Casarão sofre hoje um processo de deterioração. "Tudo começou em 2007, quando refizeram o asfalto da Rua Dr. Ricardo Vilela, o que abalou a estrutura e causou algumas rachaduras. No ano passado, a Prefeitura ingressou com processo para o tombamento do casarão, mas isso não pode impedir seu funcionamento", explica Camargo.
O acordo selado entre o atual proprietário e o grupo artístico tem duração de oito anos e visa a revitalização e exploração de todos os espaços do imóvel para atividades culturais. "Vamos ter saraus, peças teatrais, exposições e um museu em memória da família proprietária", conta Zeti Muniz, artista plástico e um dos fundadores do Frontispício.
Apesar de ser gerido pelo grupo, o espaço não se limitará às obras e apresentações do Frontispício. A ideia, de acordo com os organizadores, é abrir espaço a todos os artistas do Alto Tietê. "Qualquer um deles que se comprometa a participar pode demonstrar sua arte no espaço. O objetivo é este, afinal, o centro será mantido pelos próprios artistas", comenta Zeti.
Para o início do trabalho, o grupo também espera conseguir o apoio de engenheiros e contadores a fim de viabilizar o funcionamento do espaço. A previsão de Zeti é de que em um mês, pelo menos um dos ambientes do casarão já esteja em funcionamento. O restante dos espaços será liberado conforme a restauração estiver concluída.
"É muito trabalho a ser feito, para isso gostaríamos de convidar as pessoas que estiverem interessadas em valorizar a cultura regional. Elas podem nos ajudar com doações ou patrocínios. Para isso, basta que nos procurem", disse Muniz.
A direção do novo centro já tem alguns integrantes definidos, como João Camargo, que participará da Comissão Orçamentária. A expectativa é de que, nas próximas semanas, outros nomes sejam apresentados.
Os artistas interessados em participar podem entrar em contato com O Frontispício pelo telefone 3453-8196 ou no endereço eletrônico http://ofrontispicio.blogspot.com. Para aderir ao Centro é necessário pagar uma taxa simbólica de R$ 50,00. "Este valor será destinado à compra do material de restauração e confecção de carteirinhas dos novos sócios", completa o artista plástico.

Fonte:O Diário de Mogi