sábado, 30 de abril de 2011

Críticas: Para prefeito, aterro é violência contra Mogi

Críticas
Para prefeito, aterro é violência contra Mogi
Prefeito Marco Bertaiolli acha que a Secretaria de Estado do Meio Ambiente é conivente com a "violência" que o aterro significa para a cidade
Willian Almeida
Da Reportagem Local
Guilherme Berti
Bertaiolli não deve poupar esforços para impedir audiência
Conivente. Dessa forma o prefeito Marco Bertaiolli (DEM) classificou a Secretaria de Estado do Meio Ambiente, do secretário Bruno Covas, na condução do processo de instalação do aterro sanitário pretendido pela construtora Queiroz Galvão, em Mogi.
A afirmação de Bertaiolli foi feita após ele ser questionado sobre a confirmação do Bunkyo como o local da audiência pública que vai discutir o Estudo e Relatório de Impacto Ambiental (EIA/Rima) do aterro em 21 de junho.

O prefeito chegou a dizer que a Secretaria e o Conselho Estadual do Meio Ambiente (Consema), responsável pela audiência, querem "acabar" com o distrito industrial do Taboão, onde a construtora pretende instalar o aterro sanitário. Além disso, reafirmou que não deve poupar esforços para impedir a realização da audiência.

"Estamos agindo de várias formas e o que está acontecendo é o seguinte: não preciso repetir que esse aterro é uma violência contra Mogi das Cruzes e, infelizmente, essa violência está tendo a conivência da Secretaria de Meio Ambiente e do Consema. É uma violência com a conivência da Secretaria de Meio Ambiente e nós vamos trabalhar para não deixarmos acontecer. E qual é o melhor trabalho para eu provar que a Secretaria está equivocada em aceitar essa audiência pública? O que acabamos de anunciar agora: R$ 100 milhões de investimento no Taboão (sobre a Gerdau, com reportagem na página 12). Eles querem acabar com o nosso distrito. Nós vamos usar todas as nossas forças para não permitir que isso aconteça".
Uma dessas forças é a criação de um estudo pela empresa Falcão Bauer Engenharia para comprovar a inviabilidade técnica para a implantação do aterro na cidade. A audiência marcada para junho próximo já foi cancelada anteriormente após o prefeito se reunir com o secretário Bruno Covas. Ela estava marcada para 26 de março último.



Consórcio
Bertaiolli falou também da usina de reciclagem e geração de energia a partir do lixo que deve ser instalada por meio de um consórcio de Mogi com Biritiba Mirim, Guararema e Salesópolis e que pode ter a Companhia Estadual de Saneamento Básico (Sabesp) como parceira.

"Vínhamos (prefeitos das quatro cidades) conversando dentro da similaridade dos nossos municípios e com o advento do consórcio que viabilizou a vinda e implantação do Samu, achamos que esta é uma modalidade muito eficiente para as cidades com grandes problemas, como o que temos com a questão do lixo", afirmou o prefeito. A usina irá reciclar metade das 300 toneladas de lixo produzidas pelas cidades e transformar o restante em energia, gerando lucro para os municípios.

Fonte:Mogi News