terça-feira, 19 de abril de 2011

DER mantém silêncio sobre radar - MOGI-BERTIOGA

DER mantém silêncio sobre radar

MOGI-BERTIOGA Motoristas reivindicam o cancelamento de multas aplicadas pelo radar “dedo-duro”
PRISCILA RIBEIRO
Desde o último dia 4, o Departamento de Estradas de Rodagem (DER) mantém silêncio sobre o funcionamento do radar "dedo-duro", instalado no km 58,6 da Rodovia Mogi-Bertioga (SP-98). Todos os pedidos de informação sobre o equipamento têm sido negados pela Assessoria de Imprensa do órgão. Desde a última sexta-feira, O Diário tenta, sem sucesso, confirmar se o mecanismo incendiado no final de março voltou a funcionar, já que a estrutura foi recolocada no local.
Foi na sexta-feira que a reportagem constatou a recolocação do radar, já que desde 31 de março, o aparelho havia sido retirado, após ter sido incendiado por pessoas desconhecidas. A reportagem tem solicitado as informações por e-mail e por telefone, mas nenhuma resposta é dada. No local, também não há placa sinalizando o retorno do funcionamento do aparelho.
O silêncio do DER não é recente. Desde o dia 4 de abril, a reportagem solicita uma posição do órgão sobre o equipamento, seja para cobrar expectativa de funcionamento, o andamento sobre a investigação dos autores do incêndio e até mesmo confirmação da participação do superintendente do DER, Clodoaldo Pelissioni, em uma audiência que deveria ser marcada pelo promotor de Justiça de Mogi, Fernando Pascoal Lupo.
A audiência seria convocada pelo promotor por conta da conclusão do inquérito civil que apurou irregularidades no funcionamento do "dedo-duro". O encontro aconteceria a fim de solicitar ao superintendente o cancelamento das centenas de multas aplicadas pelo aparelho. Na semana passada, no entanto, o promotor decretou sigilo nos autos do inquérito.
O equipamento foi instalado em Mogi das Cruzes em setembro do ano passado, como parte do projeto do DER de Equipamentos Inteligentes OCR. Também chamado de "dedo-duro", o aparelho, instalado entre quatro lombadas eletrônicas em um trecho de apenas três quilômetros, verifica irregularidades dos veículos, além de medir a velocidade.
Em dezembro, no entanto, dezenas de mogianos deram início a protestos, após receberem diversas multas por excesso de velocidade aplicadas por este radar, sendo que alguns tiveram mais de 60 infrações registradas. Desde então, os motoristas vêm reivindicando o cancelamento das autuações apontando irregularidades no local, como ausência de sinalização adequada e falta de informação do início da operação do sistema, o que foi negado, por diversas vezes pelo DER. Com isso, no dia 31 de março, possivelmente como protesto, o aparelho foi incendiado. Na ocasião, o DER prometeu dar início a investigações para identificar os autores, porém nada mais comentou sobre o assunto.

Fonte:Mogi News