quinta-feira, 6 de abril de 2017

CIDADES: Na Câmara, Conselhos de Segurança de Mogi reivindicam maior apoio

5 de abril de 2017  Cidades, QUADRO DESTAQUE  
Comissão de Segurança da Câmara se reuniu ontem com representantes dos Consegs. (Foto: Eisner Soares)
Comissão de Segurança da Câmara se reuniu ontem com representantes dos Consegs. (Foto: Eisner Soares)

SILVIA CHIMELLO
Os representantes dos Conselhos de Segurança (Consegs) de Mogi das Cruzes cobram apoio do Poder Público para garantir estrutura e condições de trabalho. Eles pedem ajuda da Imprensa para ampliar a divulgação dos trabalhos, envolvimento da comunidade e maior proximidade das pessoas com os policiais para fornecer os subsídios que vão indicar onde há problemas. Também informaram que as queixas mais frequentes na Cidade estão relacionadas aos crimes que envolvem o tráfico e uso de drogas, furtos, roubos e falta de ronda escolar.

Todas essas questões foram discutidas durante encontro com os Consegs de Braz Cubas, Jundiapeba e César de Souza, promovido pelo presidente da Comissão de Segurança Pública da Câmara, Cláudio Miyake (PSDB), e seus membros – vereadores Mauro de Assis Margarido, o Maurinho (PSDB), e Diego de Amorim Martins (PMDB), o Diegão -, com a participação dos vereadores Edson Santos (PSD) e Emerson Rong (PR).


O presidente do Conseg de Braz Cubas, Alan Kardec, foi um dos mais contundentes nas cobranças. Ele pediu aos vereadores que avaliem a possibilidade de criar uma legislação no Município, a exemplo do que já existe em São Paulo, determinando uma parceria com a Prefeitura para melhorar a estrutura de trabalho. Ele acredita que os resultados poderiam ser mais efetivos se a entidade tive um endereço fixo, computador e material de divulgação.

“Nos falta apoio da Prefeitura. Não podemos ficar implorando favor para arrumar um lugar para as reuniões e nem ter tanto gasto de tempo e dinheiro para informar às pessoas sobre os encontros. A segurança precisa ser feita em conjunto. Os olhos dos policiais são as pessoas que moram nos bairros porque são elas que estão vendo o que está acontecendo e podem colaborar com as informações”, acrescentou.

José Raimundo de Santana, presidente do Conseg de Jundiapeba, um dos distritos de maior vulnerabilidade da Cidade, também avalia que é preciso ampliar a divulgação sobre o 181 para fazer as denúncias, pelo fato de ser um canal de comunicação que aproxima mais os munícipes dos policiais. Ele sugeriu ainda a “instalação de câmeras de monitoramento, especialmente nas proximidades das escolas, onde os problemas são frequentes”. Ele reforçou ainda a necessidade da criação de um núcleo de segurança em Jundiapeba.

Já em César de Souza, a presidente do Conseg, Fumie Eto, destaca que um dos principais problemas está relacionado ao tráfico. Ela disse que tenta levar ao local a ideia de “vizinhança comunitária” para estreitar o relacionamento e a comunicação entre os próprios moradores e a Polícia. Também defende uma campanha para estimular as pessoas a registrarem os boletins de ocorrência a fim de garantirem mais subsídios aos comandos policiais.

Os integrantes do Conseg do Centro não compareceram, apesar de a área ser uma região onde é alta a incidência de crimes. Essa reunião faz parte de uma série de debates que a Pasta vem realizando para realizar um diagnóstico da situação e buscar alternativas a fim de reduzir a criminalidade no Município. Já participaram os comandos das polícias Militar, Civil e secretários de Segurança Pública municipal e estadual. Nos próximos dias será agendada uma audiência pública com todos os envolvidos.

Melo leva pedidos a Brasília
O movimento para ampliar os serviços de maternidade em Mogi, retomado pelo vereador Francisco Moacir Bezerra de Melo Filho, o Chico Bezerra (PSB), ganhou apoio dos colegas da Câmara Municipal e do prefeito Marcus Melo (PSDB), que vai até Brasília hoje a fim de solicitar a liberação de recursos ao Ministério da Saúde para investir nesse serviço. O tucano deve visitar também outros órgãos durante a viagem.

O tema foi um dos mais discutidos na sessão de ontem da Câmara. Os vereadores comentaram a reportagem publicada em O Diário e reforçaram a necessidade de ampliar o serviço, já que a Santa Casa é o único hospital público na Cidade, motivo pelo qual sofre com os problemas de superlotação tanto na maternidade como na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal.

Um dos que defende a possibilidade de ampliar o prédio da Santa Casa ou mesmo construir uma maternidade municipal é o vereador Mauro Araújo (PMDB), que sugere um sistema de Parceria Público Privada (PPP) para agilizar a execução do projeto. Foi ele também quem informou sobre a viagem do prefeito ao Distrito Federal.

Fonte:O Diário de Mogi