sexta-feira, 3 de março de 2017

Sérgio Moro marca interrogatório de Lula em ação penal sobre triplex

03/03/2017 15h56 - Atualizado em 03/03/2017 16h54
Sérgio Moro marca interrogatório de Lula em ação penal sobre triplex
Ex-presidente será o último réu a ser ouvido, em 3 de maio.
Processo da Lava Jato abrange três contratos da OAS com a Petrobras.
Aline Pavaneli e José Vianna
Do G1 PR e da RPC Curitiba
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 Lula JG (Foto: Reprodução: TV Globo)
Lula JG (Foto: Reprodução: TV Globo)
Ex-presidente Lula será interrogado pelo juiz federal Sérgio Moro em 3 de maio (Foto: Reprodução: TV Globo)
O juiz federal Sérgio Moro, responsável pelas ações da Lava Jato na primeira instância, agendou nesta sexta-feira (3) o interrogatório dos réus na ação penal que envolve um triplex em Guarujá, no litoral de São Paulo. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve ser interrogado em 3 de maio, às 14h, na sede da Justiça Federal do Paraná, em Curitiba.

Os interrogatórios começam em 20 de abril e Lula será o último réu a ser ouvido. Antes, estão marcados os depoimentos dos outros seis réus na ação.

Moro ainda reconheceu a extinção da punibilidade em relação à ex-primeira-dama Marisa Letícia, que morreu em 3 de fevereiro. Ela também era ré neste processo.
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Veja as datas dos interrogatórios:
- 20/04/2017, às 14h: José Adelmário  Pinheiro Filho, conhecimento como Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS e Agenor Franklin Magalhães Medeiros, ex-executivo da OAS;
- 26/04/2017, às 14h:  Fábio  Hori  Yonamine, ex-presidente da OAS Empreendimentos; Paulo Roberto Valente Gordilho, arquiteto e ex-executivo da OAS e Roberto Moreira Ferreira, ex-diretor da empresa;
- 28/04/2017, às 14h, Paulo Tarciso Okamoto, presidente do Instituto Lula;
- 03/05/2017, às 14h, Luiz Inácio Lula da Silva, ex-presidente da República.

Entre os acusados, o único preso atualmente é Léo Pinheiro, que está na carceragem da Polícia Federal em Curitiba, por outro processo.

No despacho, Moro também informa que na última audiência, em 3 de maio, as defesas devem estar preparadas para apresentar pedidos de diligências complementares.

A ação
A denúncia foi aceita em setembro do ano passado e abrange três contratos da OAS com a Petrobras. De acordo com a acusação, R$ 3,7 milhões em propinas foram pagos a Lula. Para os procuradores do Ministério Público Federal (MPF), a propina se deu por meio da reserva e reforma do apartamento triplex, em Guarujá, e do custeio do armazenamento de seus bens.
Lula responde por corrupção passiva e lavagem de dinheiro nesta ação penal. Ele também é réu em outro processo relacionado à Lava Jato na Justiça Federal do Paraná, que envolve a compra de um terreno para a construção da nova sede do Instituto Lula e um imóvel vizinho ao apartamento do ex-presidente, em São Bernardo do Campo.
As oitivas com as testemunhas de defesa devem se estender até março deste ano. Ao todo, 70 pessoas foram arroladas.

Fonte:G1.com.br