3 de outubro de 2016 Comentários (0) QUADRO DESTAQUE 3
Câmara de Mogi tem 23 cadeiras para vereadores. (Foto: Arquivo/ O Diário)
ELIANE JOSÉ
Dos 23 vereadores eleitos, nove modificam a atual composição da Câmara de Mogi das Cruzes, um percentual de 39%, um pouco menor do ocorrido quatro anos atrás, quando 10 representantes foram trocados pelos eleitores. Os campeões de voto foram Caio Cunha (PV), com 5.788 votos, reeleito pela primeira vez, e um novato, Edson Santos (PSD), secretário-adjunto de Assistência Social, com 4.750 votos. Houve uma renovação de um mandato para outro. Porém, partes dos nomes são conhecidos da política. Entre os vencedores há suplementes e gente da velha guarda, como o vice-prefeito José Antonio Cuco Pereira (PSDB), os médicos Péricles Ramalho Baub (PR) e Otto Flores Rezende (PSD) o advogado Rodrigo Valverde (PT) e José Francimário Vieira de Macedo (PR), o Farofa. (Confira a lista completa dos vereadores eleitos no Alto Tietê).
Três assumirão pela primeira vez. Nesse trio hospeda-se a única mulher, Fernanda Moreno (PV), defensora da causa animal, além de Diego de Amorim Martins, o Diegão (PMDB), e Mauro de Assis Margarido (PSDB), Maurinho do Despachante.
No mais, tudo na mesma: Antonio Lino, Mauro Araújo, Chico Bezerra, Clodoaldo Moraes, Pedro Komura, Carlos Evaristo, Protássio Nogueira, Sadao Sakai, Claudio Miyake, Marcos Furlan, Benedito Faustino Taubaté Guimarães, Iduigues Martins e Jean Lopes (veja os resultados completos à página 2).
Houve pequena mudança na composição das bancadas – as mais expressivas no PT, que sofreu derrota na maior parte das cidades brasileiras e no PV, que passaram de uma para duas cadeiras; e do PSDB, que elevou de dois para quatro lugares. Já o PSD, uma das bases do governo situacionista, se manteve com cinco representantes. PR e PMDB perderam uma posição, somando respectivamente quatro e três nomes. Com apenas um vereador seguirão o DEM, PC do B e o PSB.
Passava das 20h30, quando foguetes e buzinaços começaram a ser ouvidos em algumas regiões da Cidade. Enquanto comemorava o fato de haver sido o vereador mais votado do pleito, Caio Cunha atribuía a votação a “quatro anos de trabalho intenso, ao lado de gente escolhida por competência para um mandato participativo e transparente que nos possibilita dar continuidade a um projeto que convoca as pessoas a participar e contribuir para a formação de plataformas de empoderamento da população. Ninguém acreditava nisso, o que provava que a política está mudando e vai mudar ainda mais, à medida que a população participa mais do nosso processo político”.
O vereador reeleito disse que “esta votação não é mérito do Caio, mas de uma galera que acreditou que a política pode ser construída de forma coletiva e trabalhou pela significação de que o vereador é só um representante, um porta-voz dos anseios comunitários”.
Única mulher eleita, Fernanda Moreno tem 34 anos, é funcionária do Banco do Brasil e formada em Gestão de Relações Humanas da UBC. Durante um ano e meio, foi assessora da vereadora Karina Pirillo (PSD), que não conseguiu a reeleição. Auxiliou na montagem da ONG Adote Já, após uma cisão, criou o Grupo Fera de Mogi. No atendimento a animais, ela vê avanços, mas acredita que Mogi ainda tem o que melhorar. Apesar da militância, acrescentou: “vou representar da melhor forma o público feminino, mas sempre com foco no ser humano”.
Estreante, Maurinho do Despachante comemorou a vitória no comitê do prefeito eleito, Marcus Melo. “Quero trabalhar muito e honrar todos estes votos que vieram para mim, sempre com muita verdade, sinceridade e trabalho. Pelos amigos maravilhosos que tenho, este resultado na eleição era esperado. Atribuo a vitória a Deus e às pessoas que gostam do meu trabalho e confiaram em mim. Esta é a primeira vez que disputo a Câmara, por isso vencer foi uma emoção muito grande”.
Após comentar as dificuldades enfrentadas durante a atual campanha, Rodrigo Valverde (PT) se vê com uma grande responsabilidade de, ao lado do petista Iduigues Martins – únicos não eleitos com apoio do grupo político do prefeito Bertaiolli – adotar uma postura de “ajudar a construir o que for positivo para a Cidade e apontar os erros quando eles existirem, sem oportunismos, fazendo uma oposição coerente, denunciando equívocos e auxiliando no que for bom para Mogi”.
De volta ao Legislativo, Cuco Pereira relevou o fortalecimento do PSDB. “Vou continuar trabalhando pela população de Mogi, como estou fazendo há quase 34 anos da minha vida. Apenas mudo de prédio. Como fiquei 26 anos na Câmara e mudei para o Poder Executivo, agora retorno para o meu ninho, que é a Câmara. Vou continuar trabalhando pela Cidade, que tanto gosto. Foi uma eleição difícil, principalmente para mim, que sou presidente do PSDB e dediquei muito tempo aos candidatos do partido e não tinha tempo para fazer campanha. Mas com a graça de Deus, fui eleito. O PSDB dobra o número de cadeiras na Câmara, com quatro vereadores”
Agora, o mais antigo na casa, Pedro Komura atribuiu a vitória ao voto da zona rural. “A nossa responsabilidade aumenta muito em defesa dos moradores desta região e dos agricultores. O voto de confiança vem povo. Tenho que trabalhar bastante”.
Única mulher eleita e defensora da causa animal, Fernanda Morena é funcionária do Banco do Brasil, formada em Gestão de Relações Humanas da UBC. É integrante do PV. Durante um ano e meio, foi assessora da vereadora Karina Pirillo (PSD), que não conseguiu a reeleição. Auxiliou na montagem da ONG Adote Já, após desentendimentos, criou o Grupo Fera. No atendimento a animais, ela vê avanços, mas acredita que Mogi ainda tem o que melhorar. Apesar da militância, acrescentou: “vou representar da melhor forma o público feminino, mas sempre com foco no ser humano”. (Colaboraram Carla Olivo, Darwin Valente e Silvia Chimello).
Cinco não são reeleitos em Mogi
SILVIA CHIMELLO
A Câmara Municipal de Mogi teve uma renovação de 39% das cadeiras. Dos 23 vereadores da atual gestão, cinco deles não foram reeleitos. Outros quatro desistiram de participar da disputa nesta eleição. A maior perda foi da bancada feminina que não conseguiu manter as três cadeiras que conquistou na atual gestão, ficando com apenas uma vaga no Legislativo.
Os vereadores que não ser reelegeram foram Carlos Lucareski (PPS), Emerson Rong (PR), Karina Pirillo (PSD), Vera Rainho (PR) e Rubens Fernandes (PR). Os outros três que desistiram da reeleição são Olímpio Tomiyama (PMDB), Roberto Valença (PMDB), Odete Sousa (PR), além de Juliano Abe (PSD), que concorreu como vice na chapa do prefeito eleito Marcus Melo (PSDB).
O vereador Emerson Rong disse que estava muito triste e surpreso com o resultado. Ele preferiu não se estender. “Estou angustiado. Trabalhei e me dediquei muitos nesses quatro anos, sacrifiquei a família, lutei pelo interesse da população e mesmo assim não consegui me reeleger. Faltou muito pouco, mas a política é muito ingrata mesmo”, desabafou. Mesmo assim ele é o primeiro suplente do PR
Apesar da insistência de O Diário para entrevistar os outros vereadores que não conseguiram se reeleger, nenhum deles foi localizado.
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Fonte:O Diário de Mogi
