sábado, 9 de julho de 2016

DESMATAMENTO: Pau-rosa corre risco de extinção na Ásia A exploração madeireira ilegal ameaça a sobrevivência do pau-rosa na Ásia 9 jul, 2016


 Pau-rosa corre risco de extinção na Ásia
Pau-rosa corre risco de extinção na Ásia
O comércio de pau-rosa é estimulado pela demanda da próspera classe média da China por mercadorias antes reservadas aos ricos (Foto: Wikimedia)
Em 13 de maio, com a expectativa de preservar as florestas do país, o novo primeiro-ministro do Laos, Thongloun Sisoulith, proibiu a exportação de madeira. Um membro do governo disse que a proteção ambiental é uma de suas prioridades. Mas um relatório publicado em 24 de junho pela Agência de Investigação Ambiental (EIA) sugeriu que a proibição não será posta em prática pelos funcionários locais e, caso seja, a medida tardia não evitará a erradicação do pau-rosa no Laos e no Camboja.

Assim como o comércio ilegal de chifres de rinoceronte e pele de tigre, o comércio de pau-rosa é estimulado pela demanda da próspera classe média da China por mercadorias antes reservadas aos ricos. Nesse caso, o hongmu, ou móveis feitos com a madeira do pau-rosa no estilo da dinastia Qing. O pau-rosa siamês é um dos mais valorizados dos 33 tipos de árvores usadas para fazer hongmu.

Há cinco anos, a Tailândia tinha cerca de 90 mil pés de pau-rosa, mais do que em qualquer outro lugar do mundo. Porém a EIA disse que “um volume significativo ou quase todas as árvores” foram cortadas ilegalmente antes do comércio de pau-rosa ter sido regulamentado pela Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies da Fauna e da Flora Silvestres Ameaçadas de Extinção (CITES).

Essa história lamentável está se repetindo no Laos e no Camboja. De junho de 2013 a dezembro de 2014, o Vietnã e a China, inclusive Hong Kong, importaram mais de 76 mil metros cúbicos de pau-rosa siamês, mais do que o total do número de árvores cultivadas na Tailândia em 2011. Segundo Jago Wadley da EIA, o Vietnã é o caminho pelo qual a madeira entra na China. Da quantidade total da madeira importada, 83% era proveniente do Laos e 16% do Camboja.

Fonte:Jornal Impresso Brasil