sábado, 11 de outubro de 2014

Testinha explica que dívida é irreal.

Testinha explica que dívida é irreal
Prefeito cassado disse ontem que as contas do Executivo estão em dia e que não há motivos para preocupações

Publicada em 11/10/14

Caio Januario


Testinha: "R$ 90 milhões são contas a pagar se forem contraídas"

Fábio Miranda
De Poá

O prefeito cassado de Poá, Francisco Pereira de Sousa (SDD), o Testinha, rebateu ontem à tarde as informação passadas à Imprensa na última quinta-feira pelo atual prefeito Marcos Borges (PPS) de que a administração municipal estaria endividada, correndo o risco até de não pagar o 13º salário dos servidores.

Em encontro com jornalistas e apoiadores no comitê do partido Solidariedade, no centro de Poá, Testinha declarou que as contas do Executivo estão em dia e que não há motivos para preocupações. "A Prefeitura de Poá é sólida. O 13º salário dos funcionários está garantido. Nosso saldo no dia 30 de setembro era de R$ 43,9 milhões, com todas as contas pagas. São poucas prefeituras hoje no Brasil que conseguem ainda manter um saldo positivo", disse, apresentando demonstrativo da Consultoria em Administração Municipal Ltda. (Conam).

Questionado, então, por que Marcos Borges teria dito que a Prefeitura estaria devendo, Testinha explicou que o valor de R$ 90 milhões de dívidas são, na verdade, contas a pagar se forem contraídas. "Falaram R$ 90 milhões, e não é, são R$ 82 milhões, se fizer essa dívida. Não é que nós fizemos e não pagamos. Por exemplo, para o piscinão, que tem R$ 18 milhões de investimento, e por conta de mudanças e projetos foram investidos somente R$ 5 milhões, faltam R$ 13 milhões. Esse volume de recursos entra na licitação, mas ele é retirado caso não esteja tudo pronto ainda para o projeto se executado".

O prefeito cassado evitou acusar Marcos Borges de má fé, apenas apontou que ele pode ter chegado no gabinete e percebido que não havia recursos para realizar uma nova obra na cidade. "Acredito que ele viu que não havia dinheiro para fazer algo novo, e não tem mesmo. Não é possível alguém entrar faltando apenas três meses para acabar o ano e achar que dá para fazer novos projetos. Os investimentos já estão alocados e não tem como se criar algo novo até o final do ano".

Além de negar o saldo vermelho, Testinha esclareceu que ainda faltam três meses de arrecadação. "Temos outubro, novembro de dezembro. E acredito que a média para cada um desses meses poderá ser de R$ 20 milhões, talvez um pouco mais, um pouco menos".


Paizão
Embora durante toda a explicação o prefeito cassado evitasse atingir o atual prefeito de Poá, ficou deixou claro a decepção com o ex-colega, a quem chegou a chamar de "paizão". "Marcos Borges era meu companheiro, meu ´paizão´. Sempre que subia no palanque fazia questão de destacar que ele era meu vice-prefeito. Agora não tenho mais como me referir a ele, prefiro não falar".


Fonte:Mogi News