sábado, 11 de outubro de 2014

Suspeita de ebola deixa Vigilância em alerta
SÁB, 11 DE OUTUBRO DE 2014 00:00
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Tereza diz que Mogi não tem como tratar doente / Foto: Eisner Soares

A suspeita do primeiro caso de ebola no Brasil colocou em alerta a Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde de Mogi. A amostra do paciente africano Souleymane Bah, internado no Rio de Janeiro com os sintomas da doença, chegou ontem ao Instituto Evandro Chagas, no Pará, e o resultado dos exames pode ser divulgado ainda hoje. Enquanto isso, os responsáveis pelos departamentos de saúde do País trabalham na busca pelas informações para dar as devidas orientações à população. 

Em entrevista ao jornal O Diário, a médica Tereza Nihei, da Vigilância Epidemiológica de Mogi, revelou que a Secretaria Municipal de Saúde começou a receber informações desde o surgimento do novo surto do ebola, que já matou 4.033 pessoas, de 8.399 casos até o último dia 8 de outubro na África Ocidental, de acordo com balanço divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). 

No entanto, ela alerta que nenhuma cidade está preparada para combater uma possível epidemia no Brasil. “O atendimento na África é feito pela equipe do Médicos Sem Fronteiras”, explicou Tereza, ao informar como seria o procedimento no caso de alguma suspeita da doença na Cidade. “Mogi não tem esses equipamentos específicos para cuidar do paciente e diagnosticar. O caso seria tratado no Instituto de Infectologia Emílio Ribas (Capital Paulista)”. 

A médica aproveitou para reforçar a atenção aos sintomas e que os profissionais da saúde no Município já estão sendo orientados. “Nem tranquilizar eu posso, pois não temos muito conhecimento da doença. O importante é a população estar atenta aos sintomas, principalmente se viajou recentemente para a região afetada pelo surto. É preciso uma atenção de todos os profissionais da saúde com os questionamentos aos pacientes”, alertou.

O ebola é transmitido pelo contato direto com o sangue, fluídos corporais e tecidos de animais ou pessoas infectadas. O principal sintoma é a febre hemorrágica, mas o infectado também pode ter garganta inflamada, dor articular e muscular, fraqueza, vômitos, diarréia, vermelhidão nos olhos e inchaço dos genitais.

Fonte:O Diário de Mogi