sábado, 5 de janeiro de 2013

Estado poderá usar PM para internar viciados


Estado poderá usar PM para internar viciados


Governador Geraldo Alckmin (PSDB) não descarta a possibilidade de usar a força da Polícia Militar para colocar em prática o projeto de intenação involuntária de viciados em crack / Foto Divulgação

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou hoje que as internações à força de viciados em drogas em São Paulo poderão contar com o apoio da Polícia Militar.
Questionado se ele usaria policiais militares para retirar os dependentes químicos das ruas e levar para tratamento contra a vontade, Alckmin não descartou a possibilidade. "Pode não ser necessário, pode ser necessário. Ninguém quer agredir ninguém, ninguém quer violentar ninguém", afirmou.
O novo projeto, que foi divulgado ontem e deverá ser implantado em até dez dias, pretende manter equipes na ruas da região central de São Paulo para abordar os dependentes químicos em "estado grave" e interná-los.
De acordo com o governador, a internação compulsória será usada nos casos mais graves, quando "a pessoa está correndo risco de vida, extremamente debilitada e com dificuldades de tomar decisões".
A ação deve iniciar com a primeira avaliação feita por médicos que estarão nas ruas e que definirão o estado de cada dependente. A partir disso, eles serão levados ao Cratod (Centro de Referência de Álcool, Tabaco e Outras Drogas), onde um juiz analisará o parecer da equipe médica e decidirá se é o caso de internação compulsória.
Exames clínicos nesses dependentes poderão ser feitos no centro. Questionado como levaria o usuário de droga ao local para a realização dos exames e a a análise da Justiça, Alckmin se limitou a afirmar que a lei permite a interdição do usuário.
"Estamos procurando facilitar as coisas e dar condição para que todos possam ser socorridos", disse Alckmin. (Folhapress)


Fonte:O Diário de Mogi