domingo, 30 de dezembro de 2012

Obras viárias vão ser a prioridade de Bertaiolli


Obras viárias vão ser a prioridade de Bertaiolli
DOM, 30 DE DEZEMBRO DE 2012 00:00
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Extinguir as cancelas, buscar ajuda do Estado para pavimentar a Estrada da Volta Fria e construir usina de triagem de resíduos, nas proximidades da Secretaria Municipal de Serviços Urbanos, são desafios do prefeito Marco Bertaiolli / Foto Jonny Ueda

Entre uma assinatura e outra nos muitos processos que enchiam a sua mesa, o prefeito Marco Bertaiolli (PSD) concedeu uma entrevista exclusiva a O Diário no dia seguinte ao Natal. Trajado de forma despojada, porém com o pensamento focado na Administração Municipal, fez um balanço do ano e do final do primeiro mandato de governo. Mas a conversa, como era esperado, discorreu mesmo sobre os planos e prioridades que o chefe do Executivo tem para Mogi das Cruzes ao longo dos próximos quatro anos.
A começar do desafio de solucionar o eterno problema da transposição da linha férrea, já que desde a construção da passagem subterrânea na Rua Olegário Paiva, na década de 90, nada mais foi feito, mesmo com o volume de carros cada vez maior e os intervalos dos trens cada vez menores. Bertaiolli colocou como compromisso construir viadutos e passagens subterrâneas para vencer as cancelas, ainda que vá continuar a esperar uma ajuda do Governo Federal para as obras de Jundiapeba e da Vila Industrial.
Também no campo da mobilidade, anunciou o alargamento de um novo trecho da Rua Olegário Paiva, a recuperação da Via Perimetral e o pedido conjunto com Suzano para que o Governo do Estado pavimente a Estrada da Volta Fria que, assim, será uma alternativa ao tráfego de caminhões que hoje sobrecarrega a SP-66. Bertaiolli prometeu, ainda, rigor no cumprimento de todas as metas desse governo, as quais estarão traçadas em planos para 100 dias, 1 ano e 4 anos.
De cara, terão de ser colocados em prática os Jogos da Cidade, evento esportivo que funcionará como uma espécie de olimpíada municipal, e o Recicla Mogi, projeto para alavancar a coleta seletiva e que prevê uma nova usina de triagem de resíduos no Socorro. Reivindicação do período eleitoral, principalmente dos candidatos de oposição, Mogi também vai ganhar subprefeituras em César de Souza, Braz Cubas e Jundiapeba – a primeira ainda em 2013 – e o prédio do Executivo será finalmente modernizado, com novas vidraças, fim das divisórias, acessibilidade por elevadores e um auditório. Acompanhe, a seguir, os principais trechos da entrevista:

Qual balanço o senhor faz do ano de 2012, que encerra também o primeiro mandato como prefeito?
Passou muito rápido. Foram quatro anos que voaram, mas chego ao final do mandato com a sensação de que fizemos muitas coisas. Na área da saúde mesmo, as inovações foram muitas e não conseguimos nem mesmo mensurar com outros municípios porque foi algo muito expressivo. E precisamos entender que as coisas não acontecem do dia para a noite, mas conseguimos fazer acontecer na Prefeitura com muito empenho e esforço. Nós construímos, por exemplo, 40 creches. Foi praticamente uma a cada mês. É um número que impressiona. Só agora, depois que passaram as eleições e terminou o mandato, dimensionamos o tamanho da nossa obra. E isso resultou em 81% dos votos, que foi a maior votação do País em cidades com 400 mil habitantes ou mais. Então, chegamos ao final com um balanço muito positivo. Em todas as áreas nós atuamos e as coisas aconteceram. A sensação é de que passou muito rápido e de dever cumprido. Entregamos o que prometemos e o que nos compromissamos com a população de Mogi.

Muitos dizem que a sua administração só não foi 100% porque o problema das passagens de nível permanece. Isso vai ser resolvido neste segundo governo?
Temos a perspectiva de um segundo mandato que não será igual, mas que é continuidade do primeiro.  Vamos trabalhar com muito afinco, empenho e esforço redobrado porque os desafios também mudam. Mogi das Cruzes tem que colocar um hospital municipal para funcionar. No primeiro governo, nós construímos o hospital e, no segundo, o desafio é colocá-lo em funcionamento. Na área da mobilidade urbana que me perguntou, é inadmissível que uma cidade do tamanho de Mogi continue convivendo com porteiras. O mogiano não pode ficar parado uma hora numa fila, por causa de uma porteira, mas o trem precisa passar. Então, na área da mobilidade, tenho como prioridade a transposição das passagens de nível, seja com soluções subterrâneas ou viadutos. Quantas pudermos e forem possíveis.

Mas vai continuar à espera da verba do Dnit para os viadutos ou fará com recursos do Município?
O Governo Federal abriu há poucos dias a licitação para contratar os projetos executivos dos dois viadutos – Jundiapeba e Vila Industrial. Nós vamos aguardar a finalização desse processo, que apontará o valor real das obras, para ter uma noção se eles vão sair pelo governo ou não. Então, no próximo ano estaremos aguardando para fazer essas obras em parceria com o Governo Federal porque a Prefeitura não tem suporte para fazer sozinha. Na Praça Sacadura Cabral, o nosso desejo é que o Governo do Estado construa a nova estação de Mogi para abrir espaço a uma passagem subterrânea, essa sim com verba nossa. Também na área da mobilidade, vamos desapropriar agora, no começo de 2013, um quarteirão da Rua Olegário Paiva para começar o alargamento da via, e abrir a licitação para recuperar a Via Perimetral, num investimento de R$ 19 milhões do Estado.

Já está definido quem terá a prioridade em Mogi das Cruzes na área da mobilidade: carros ou pedestres?
Na área ao redor do Centro, a prioridade será para o tráfego de veículos, mas na área central, a prioridade é para o pedestre. Não existe espaço no Centro de Mogi que não seja para o pedestre. A tendência é que as calçadas sejam alargadas e outras intervenções sejam feitas. Na prática, temos colocado muita gente nova para dar fôlego novo e despertar novas vocações técnicas e administrativas na Prefeitura para pensar Mogi das Cruzes. São pessoas focadas em preparar Mogi para o crescimento e enfrentar os desafios. A Cidade tem espaço para crescer e alguns dos principais vetores estão no Botujuru e na entrada da Mogi-Bertioga. Mas esse crescimento tem que ser acompanhado de planejamento e infraestrutura.
Leia o restante da entrevista na edição impressa


Fonte:O Diário de Mogi